Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 18/10/2018

Na série “The good doctor”, o personagem principal possui uma Síndrome tornando-o detentor de uma ampla capacidade de memória mas alinhada a um déficit de desenvolvimento, como a dificuldade para interagir socialmente. Nesse contexto, fora das telas, pessoas que possuem autismo também possuem dificuldade em viver em um meio desadaptado a doença deles. Diante disso, deve-se analisar como o preconceito e o sistema educacional interferem na problemática em questão. A princípio, o preconceito enraizado é a principal responsável pela exclusão de indivíduos com autismo. Isso ocorre porque, por ser catalogado como uma “nova deficiência”, existe um certo recuo da sociedade por desconhecer o que é o autismo. Uma vez que, durante muito tempo apenas as dificuldades enfrentadas por eles eram discutidas, esquecendo-se que na maioria dos casos possuem o potencial cognitivo normal ou acima da média, como o hiperfoco (excesso de concentração). Logo, segundo José Saramago, as pessoas vivem em uma bolha social favorecendo o individualismo e a falta de alteridade, ou seja, os indivíduos não se colocam no lugar do outro diante da inclusão dos autistas. Por consequência, o mercado de trabalho e as escolas não aproveitam as habilidades do corpo social com TEA, excluindo-os. Outrossim, o sistema educacional também é responsável pelas dificuldades enfrentadas pelos autistas. Isso ocorre porque, de acordo com a ABRA, há os obstáculos no plano pedagógico das escolas a fim de atender as necessidades dos portadores do TEA, limitando o seu desenvolvimento durante o período de escolarização. De modo que o autismo ao apresentar diferentes graus precisa-se de uma metodologia pedagógica diferente para cada um deles, e os educadores muitas vezes desconhecem ou aprendem um número limitado de didática adaptada. Em vista disso, as crianças não recebem uma formação adequada para o desenvolvimento da autonomia e integração social, repercutindo na dificuldade em adentrar em empregos. Infere-se, portanto, que é preciso efetivar as atitudes de combate às enfermidades. Em razão disso, o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, deve implementar cursos, gratuitos, para professores, diretores e orientadores, levando especialistas no assunto até as instituições públicas e privadas. O objetivo é orientar na construção de planos pedagógicos e didáticos para a formação educacional e social dos alunos autistas de acordo com o grau do estudante que frequenta a escola. Ademais, cabe ao Ministério do Trabalho, em parceria com empresas privadas, propor investimentos no mercado de trabalho voltado para autistas, adaptando empregos para autistas de 18 a 50 anos, alinhado ao acompanhamento psicológico por profissionais voluntários, a fim de incluí-los e desmistificar os preconceitos por meio do exemplo. Assim, o TEA pode romper as barreiras como na série "The good doctor".