Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 06/10/2018

De acordo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Entretanto, os dilemas enfrentados por autistas no Brasil rompe o equilíbrio proposto por esse pensamento. Embora, a lei 12.764 – vise os incluir no corpo social, esses ainda não coexistem com esse direito. Nesse contexto, deve se analisar como a negligência governamental e o despreparo profissional corroboram para tal problemática na vida desse 1% da população mundial. Em primeira análise, a esse respeito, o físico Galileu Galilei promotor de várias descobertas cientificas utilizando experimentações – assegurou que a ciência é capaz de ampliar os horizontes da humanidade. Contudo, o progresso cientifico no Brasil não tem conquistado novos horizontes, haja vista o corte de 44% das verbas voltadas a pesquisas tecnocientíficas no país, o qual culmina o ínfimo incentivo público e dificulta os estudos sobretudo na área da saúde. Por conseguinte, avanços na descoberta de causas ainda desconhecidas do espectro autista tendem a permanecer em inércia, posto que, a complexidade desse transtorno, a variabilidade dos sintomas e severidade intrigam até mesmo a ciência, e necessitam de uma averiguação incomum para então possibilitar tratamentos mais eficazes do que as psicoterapias existentes. É paradoxal que, mesmo em uma República Federativa que vise inclusão, esse descaso se perpetue. Atrelada a negligência governamental o despreparo dos profissionais de saúde também dificultam a descoberta e o tratamento do espectro autista. Isso decorre porque, o TEA se estabelece nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais podem deixar de formar conexões essenciais. Nos Estados Unidos, mormente o transtorno é descoberto nesse período, por outro lado, no Brasil, a família leva de 6 a 7 anos para receber o diagnóstico, uma vez que, se depara com profissionais inaptos a essa realidade que cogitam ser birra, preguiça de falar – menos autismo. Por conseguinte, de tal inobservância, a criança portadora desse transtorno tem o tratamento comprometido, a saber, se tratado ainda na primeira infância os manifestos dessa deficiência tendem a ser mais brandos. Infere-se, portanto, que profissionais e governo estejam preparados para atender esse contingente populacional. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Ciência e Tecnologia não só desfazer-se do corte orçamentário que dificulta a viabilização de pesquisas, mas suprir as demandas necessárias com mais investimentos, a fim de, erradicar tamanha incógnita, para que a partir das causas sejam elaborados tratamentos eficazes para reduzir o impacto dessa deficiência na vida dos portadores. Ademais, o Ministério da Saúde junto ao Ministério da Educação e Cultura deve impor uma especialização conjunta por meio de aulas extras que incluam análises cientificas, contato e observação dos portadores a todos os responsáveis pelo diagnóstico, com o fito de torna-los aptos a lidar com essa singularidade. Assim, poder-se-á o Brasil em um país consoante ao pensamento aristotélico.