Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 03/10/2018

No documentário "Delicadeza é azul", portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA), Rodolfo Rodrigues diz que ter autismo não é como ter uma doença, mas sim desafios a mais. Indo na contramão de um mundo mais inclusivo, o Brasil ainda tem muitos dilemas a ser enfrentados para a integração dos autistas na sociedade, sendo elas a falta de conhecimento sobre o TEA e a aversão às diferenças. Primeiramente, deve-se analisar como a falta de conhecimento sobre o transtorno é um impasse para a inclusão. Com a incidência de uma criança afetada para cada 68 nascimentos, e com cerca de dois milhões de autistas no Brasil -segundo dados da Organização Mundial da Saúde- o autismo ainda é cercado de mitos, como que é causado pela vacinação, que os afetados não gostam de se comunicar e vivem no seu "mundinho" e que possuem talentos fora do comum. São diversas as inverdades proferidas e que somam para impedir que os autistas exerçam sua cidadania plena como garante a Lei de 2012, que elimina qualquer forma de discriminação e propicia igualdade de oportunidades. Ademais, o filósofo Thomas Hobbes em "O Leviatã", defende que nossas diferenças não são o suficiente para que alguns possam obter vantagens sobre outros. Contudo, no dia a dia há aversão às diferenças que não respeitam as limitações dos autistas, e entram em conflito com a ideia de Hobbes, assim como a falta de atendimento educacional especializado estimula o isolamento do indivíduo e consequentemente uma menor capacitação profissional. Torna-se evidente, portanto, que para combater os dilemas que impedem a integração de autistas na sociedade, o Ministério da Educação deve capacitar escolas para o recebimento de pessoas com TEA, investindo na formação de professores especializados no atendimento desses alunos e trabalhar com outras crianças formas de desconstruir preconceitos. Além disso, o Governo Federal em parceria com meios midiáticos deve promover propagandas de conscientização sobre o transtorno, visando desconstruir mitos existentes e a hostilidade da sociedade para que seja possível caminhar em um sentido mais inclusivo e com menos desafios para Rodolfo e todos outros portadores.