Na série "Autismo universo particular" o médico Drauzio Varella demonstra os obstáculos enfrentados pelos autistas, em especial, a dificuldade em estabelecer interações sociais e comunicativas. Fora do contexto cinematográfico, os portadores do espectro autista lidam com inúmeros desafios no dia a dia, principalmente, acom a exclusão. Nesse contexto, há dois fatores que devem ser levados em consideração: o diagnóstico tardio em consonância com a complexidade da inclusão no âmbito educacional. Em primeira análise, a morosidade no reconhecimento do transtorno é o principal obstáculo no desenvolvimento do indivíduo. De acordo com uma pesquisa da Mackenzie, nos Estados Unidos o diagnóstico é feito antes dos 3 anos de idade, em contrapartida, no Brasil o transtorno só é identificado quando a criança tem 5 a 7 anos. Dessa maneira, tal dado não só mostra a lentidão na Identificação do TEA, como também ratifica a importância do diagnóstico precoce, haja vista que a demora agrava a deficiência trazendo graves impactos no desenvolvimento e no tratamento. Logo, urge verificar os sintomas o mais rápido possível para eleve as chances de minimizar os sintomas do autismo. Outrossim os autistas encontram inúmeras dificuldades em vários contextos, inclusive, nas escolas. Conforme a lei Berenice Piana (n°12.764/2012), o acesso à educação é um direito do público autista. No entanto, uma parcela significativa das escolas não oferecem uma infraestrutura especializada, além disso a equipe educacional não é devidamente preparada para acolher esses alunos especiais, o que acarreta cada vez mais a temática. Assim, é necessário uma maior acessibilidade e uma melhor visibilidade das políticas públicas. Infere-se, portanto que o diagnóstico tardio aliado a complicação no processo de inclusão escolar dificulta a inserção de pessoas autistas na sociedade brasileira. A fim de amenizar esse impasse é de fundamental importância que o Estado, por meio das emissoras de rádio e TV divulguem campanhas para alertar a sociedade como identificar os sintomas do transtorno, com intuito de agilizar o tratamento. Ademais, o Ministério da Educação deve implementar nas escolas públicas projetos educativos lúdicos, com o objetivo de facilitar e motivar o desenvolvimento dos portadores do espectro autista.