Uma temática de grande relevância nacional ligada ao campo social é a questão do autismo e seus dilemas perante às estruturas sociais. Dentre tais problemáticas destacam-se a pouca ou ineficiente assistência governamental e o despreparo da sociedade para receber o autista. Deste modo, se fazem precisas medidas que altere esse quadro, visto que cerca de dois milhões de brasileiros sofrem com tal doença. A princípio, uma pessoa que manifesta o autismo necessita de um aparato médico diferenciado do de pessoas não autistas, e isso não ocorre em boa parte dos casos. O diagnóstico tardio da doença, a falta de neuropedriatas, de enfermeiros e de psicopedagôgos especializados, nos centros de apoio público, são exemplos da ineficácia do Estado em garantir direitos básicos a esses cidadãos especiais, principalmente na população menos favorecida economicamente. Além disso, tais ações- principalmente o diagnóstico precoce- são cruciais para efetivar o pleno desenvolvimento pessoal do autista e sua socialização. Ademais, outro dilema encarado por essas pessoas, que agrava ainda mais a situação, é o despreparo da sociedade para receber o autista. Não há, por boa parte da população, o conhecimento da situação dos autistas, como sua forma diferenciada de ver o mundo e dos vários graus de manifestação da doença;no ambiente escolar o despreparo ocorre com o não acompanhamento diferenciado ao aluno autista, ou, quando há tal ação, essa acarreta, muitas vezes, na cobrança de taxas extras(ato ilegal). Esse é um dilema que geralmente exclui o autista da sociedade e o dificulta de alcançar uma plena independência. Com isso, fazem-se necessárias ações enérgicas do Poder Público que enfrentem tais dilemas. Cabe, ao Ministério das Cidades, uma disponibilização maior de recursos para que os municípios invistam nos CAPS(Centro de Atenção Psicossocial) com o intuito de formar uma equipe de profissionais mais completa e preparada para atenuar às demandas de um indivíduo autísta, contribuindo para o pleno desenvolvimento desses. Ao Governo Federal, cabe o uso das mídias (televisão e internete) com campanhas que conscientizem a população a conhecer a preparar-se para conviver em harmonia com indivíduos autistas.