Sob a perspectiva filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além de possuírem os mesmos direitos e deveres essenciais para a manutenção da justiça. No entanto, ao observar a situação de pessoas autistas, no Brasil, percebe-se que esses seres enfrentam desafios para se inserirem nas relações sociais. Nesse sentido, não deve ser negligenciada a necessidade da abrangência do atendimento especial nas escolas, além de estagnar o preconceito vigente para que se alcance a plena harmonia social. A principio, vale frisar que , no que tange à formação educacional de portadores do autismo, há a falta de ensino específico para atender as necessidades desse público. Dessa maneira, apesar da existência de atendimento especializado nas escolas oferecido elo Estado , esse é um direito em tese para algumas pessoas ,pois, como o país possui cerca de dois milhões de autistas , segundo dados divulgados pela ONU, alguns acabam não tendo acesso a esse recurso devido ao pouco investimento das autoridades nessa questão. Dentro dessa ótica, assim como declarou o geógrafo Milton Santos de que uma sociedade alienada é aquela que enxerga o que separa , mas não une seus membros, evidencia-se a importância do olhar para esses deficientes a fim de que eles não fiquem sem estudar e consigam prosperar na vida. Ademais, ressalta-se a discriminação que os autistas sofrem como intensificadora da problemática da exclusão social dessa ‘’minoria’’. Sendo assim, quando o ser com esse transtorno consegue, com muita dificuldade, se formar na escola e adquirir uma profissão, posteriormente, infelizmente, ainda há a barreira do preconceito que o impede de ser contratado no mercado de trabalho. Desse modo, o ideal de Tomas de Aquino, em pleno século XXI ainda não se concretizou, perpetuando-se na esfera social a desigualdade, que deve ser eliminada haja vista que o autista possui habilidades excelentes assim como qualquer outra pessoa considerada normal. Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para resolver esse impasse. Logo, o Governo, por meio de mais subsídios oferecidos pelo Ministério da Fazenda, deve contratar mais especialistas dessa necessidade especial e disponibilizá-los nas escolas públicas para que não falte a devida atenção na sala de aula que o individuo autista necessita. Dessa forma, aliado com o incentivo do respeito ao próximo, que deve ser feito por propagandas nas mídias , poder-se-á alcançar o bem – estar simétrico a todos da população.