Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 30/06/2018

Para o filósofo Mário Sérgio Cortella, "reconhecer as diferenças não é admitir desigualdades." Nesse ínterim, pode ser retratada a questão dos autistas na sociedade, de modo que as necessidades especiais desses indivíduos não os enaltecem ou os menosprezam, tais limites e tratamentos devem ser impostos e respeitados com o intuito de promover acessibilidade às oportunidades de todos os brasileiro. Contudo, a dificuldade das pessoas reconhecerem a diferença do autista é um dos principais dilemas enfrentados por esses pacientes, a saber que não agem como o esperado, pensam de forma contrária e se comunicam singularmente. Em resumo, são excluídos do meio social, pois a sociedade não está preparada para recebê-los. É sabido que a situação dos deficientes é pouco falada no Brasil, mesmo assim, em 2013, a rede Globo expôs, em sua novela "Amor à Vida", o cotidiano de uma jovem autista representada pela atriz Bruna Linzmeyer. Nesse cenário, foi enfatizada a dificuldade familiar para lidar com o quadro da moça, ao invés de buscarem meios para integrá-la socialmente, a família a privava do convívio com outras pessoas. Por conseguinte, essa é a atitude natural do ser humano, quando não reconhece que a diferença do outro e não busca meios para que vivam de modo semelhante. Ou seja, é mais fácil tratá-lo como deficiente e inferior do que adequar-se ao universo autista. Ademais, desde 2007, a ONU instituiu o dia 2 de abril como o dia Mundial da Conscientização do Autismo, entretanto, essa data é pouco divulgada (se é que há divulgação). Nesse contexto, é ilustrada a negligência da sociedade perante a temática, além de não existirem evidências de campanhas nessa data, vale ressaltar ainda que os dilemas enfrentados por essas pessoas não são debatidos popularmente. Por outro lado, em uma matéria exposta no Fantástico, o doutor Dráuzio Varella afirma que o tratamento deve ser iniciado nas idades iniciais e constatou que a maioria dos pediatras brasileiros não estão aptos a diagnosticarem casos até os 3 primeiros anos de vida da criança. Infere-se, portanto, para mitigar os dilemas encarados pelas pessoas autistas, cabe ao Conselho Federal de Medicina averiguar, por meio de inspeções frequentes, a qualidade do ensino nas universidades, e também acompanhar o estudo das especialidades pediátricas, já que o autismo é um transtorno que deve ser diagnosticado e tratado desde a infância. Assim, com o tratamento adequado, esses indivíduos terão uma melhora na qualidade de vida. Para mais, cabe aos governos estaduais investirem, com licitações e contratos, em tutores para os alunos que apresentam necessidades especiais, de modo que eles permaneçam no ensino regular com o atendimento que precisam. Somente reconhecendo as diferenças é que a sociedade pode caminhar para a eliminação das desigualdades, como pensa Cortella.