Em 1789, ocorreu a Revolução Francesa, cujo lema “liberdade, igualdade e fraternidade” permaneceu na história até a idade contemporânea. Entretanto, na atualidade essa marca ideológica não se aplica a todos, como é o caso dos indivíduos autistas que sofrem diariamente com o estranhamento e a exclusão social. Portanto, é necessária uma intervenção governamental no intuito de estabelecer a inclusão dessas pessoas na sociedade brasileira. A princípio, cabe ressaltar que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ainda é um assunto pouco falado no Brasil. A falta de informações está presente desde as famílias até o meio educacional, em que é muito visível falhas em relação aos processos pedagógicos e a falta de preparação dos profissionais, segundo pesquisadores da Universidade Presbiteriana de Mackenzie. Esse fato contribui muito para o processo de exclusão dos autistas, pois muitos acabam não recebendo o tratamento ou a atenção necessária, o que é alarmante para a situação. Além disso, o mercado de trabalho também é um grande desafio para os autistas, pois a ignorância populacional reflete-se em preconceito em relação aos mesmos. No entanto, a psiquiatria compreende que o autismo não interfere na capacidade cognitiva dos indivíduos, impactando apenas em seu comportamento e na interação social, sendo ambos passíveis de melhoria por meio de acompanhamento médico, o que torna a exclusão do mercado algo puramente embasado em preconceito. Infere-se, portanto, a necessidade de trabalhar a inclusão social dessas pessoas. Para isso, é de suma importância que o Ministério da Educação crie projetos pedagógicos complementares com acompanhamento profissional, que vise identificar e conduzir o desenvolvimento das crianças autistas a partir dos primeiros anos escolares, buscando dar assistência e apoio principalmente na rede pública. Ademais, cabe ao Governo Federal criar leis de incentivo trabalhista que vise integrar profissionais autistas ao mercado, protegendo-os de qualquer preconceito, afinal como dizia o escritor inglês Aldous Huxley: “Os fatos não deixam de existir por serem ignorados.”