Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 13/06/2018

Presente na vida de famosos como o jogador de futebol argentino Leonel Messi, o autismo ainda é um assunto cercado por resistência e mitos ao ser debatido. Nesse contexto, as dificuldades enfrentadas pelos autistas, em relação à vida escolar e à complexidade da questão, trouxeram relevância maior ao tema. Diante dos dilemas recorrentes, torna-se imperativo encontrar meios de abranger esse contingente socialmente e atenuar estigmas há muito consolidados. Normalmente, o desconhecimento do espectro autista leva muitas pessoas a generalizarem os pacientes como superdotados ou com grave retardo mental. Esse equívoco, que deveria ser combatido, é, muitas vezes, fomentado por obras fictícias. A novela da Rede Globo “Amor à vida” retratou um caso do transtorno de forma estereotipada, o que contrariou especialistas. Segundo a pesquisadora Ana Arantes, da Universidade Federal de São Carlos, a ficção reforçou ideias fixas distorcidas e descaracterizou o distúrbio. Dessa forma, nota-se que o papel social desse tipo de abordagem é relevante e decisivo ao influenciar o modo de pensar do telespectador, não podendo, portanto, ser superficial. Além disso, destaca-se a conciliação entre escola e tratamento. Todas as instituições de ensino são obrigadas a adaptarem-se a esses alunos e oferecerem-lhes condições dignas e dinâmicas de lidar com o ambiente escolar. Entretanto, de acordo com Mayra Gaiato, psicóloga especialista no transtorno, nota-se uma dificuldade de inserir tutores em sala de aula para ajudá-los, pois muitos diretores e pais dos demais estudantes mostram-se resistentes. Dessa maneira, o diálogo na escola é imprescindível para a aceitação coletiva do objeto, além da manutenção de direitos básicos. Em suma, o autismo ainda é pouco conhecido, mas precisa de uma atenção específica para evitar seu agravamento e distorções relacionadas a ele. Cabe aos Ministérios da Saúde e da Educação, por meio de uma portaria, exigirem a presença de monitores treinados para cada aluno autista em sala de aula. Em caso de não cumprimento, multas devem ser pagas, e os ativos advindos delas, encaminhados a centros especializados no transtorno, a fim de beneficiar os lesados. Dessa maneira, a integração social, o direito à educação e à terapêutica serão assegurados, e o autismo, melhor tratado.