A partir do século XVIII, com o surgimento de ideais burgueses e revolucionários, os lemas de liberdade, igualdade e fraternidade se fizeram mais presentes no mundo pós-iluminista. Hodiernamente, a igualdade- vista por lei no artigo 5º da Constituição- não é aplicada na realidade verde e amarela, como os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira, problemática de esfera social, governamental e institucional. Em uma primeira análise, tomando como base o expoente iluminista Isaac Newton, é possível adotar sua 3º lei -ação e reação- para correlacionar os mecanismos de causa e consequência do problema. Ademais, como causa, pode-se notar a falta de investimento governamental quanto à inclusão dos autistas, o despreparo das escolas em atender esses alunos e o bullying- pratica muito freqüente em instituições públicas e privadas-. Em uma análise secundaria hão de serem inferidas as reações ao motor do problema, sendo eles, exclusão social, má admissão no mercado de trabalho, dificuldade no ingresso em instituições escolares e traumas físicos e psicológicos decorrentes de ações preconceituosas. Diante a tais causas e consequências, ocorre o desequilíbrio do mecanismo social baseado na 3º Lei de Newton. Nesse ínterim, torna-se evidente que os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira, apresentam entraves que necessitam ser revertidos. Portanto, cabe aos órgãos governamentais investir em um sistema educacional exclusivo para autistas, e, em sua esfera legislativa, criar leis que padronizem o repasse de verbas destinado à inclusão social. Quanto à escola e sociedade, cabe, promover palestras e campanhas informativas a fim de englobá-los à sociedade com o intuito de eliminar o preconceito. Com essas medidas, busca-se diminuir a problemática e atingir o equilíbrio do mecanismo social dito por Newton.