Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 24/05/2018

Para o filósofo Mário Sérgio Cortella, "reconhecer as diferenças não é admitir desigualdades." Nesse ínterim, pode ser retratada a questão dos autistas na sociedade, de modo que as necessidades especiais desses indivíduos não os enaltecem ou os menosprezam, tais limites e tratamentos devem ser impostos e respeitados com o intuito de promover acessibilidade às oportunidades de todos os brasileiro. Contudo, a dificuldade das pessoas reconhecerem a diferença do autista é um dos principais dilemas enfrentados por esses pacientes, a saber que não agem como o esperado, pensam de forma contrária e se comunicam singularmente. Assim, são excluídos do meio social, pois a sociedade não está preparada para recebe-los. É sabido que a situação dos deficientes é pouco falada no Brasil, mesmo assim, em 2013, a rede Globo expôs, em sua novela "Amor à Vida", o cotidiano de uma jovem autista representada pela atriz Bruna Linzmeyer. Nesse cenário, foi enfatizada a dificuldade familiar para lidar com o quadro da moça, ao invés de buscarem meios para integra-la socialmente, a família a privava do convívio com outras pessoas. Por conseguinte, essa é a atitude natural do ser humano, quando não reconhece que a diferença do outro e não busca meios para que vivam de modo semelhante. Ou seja, é mais fácil trata-lo como deficiente e inferior do que adequar-se ao universo autista. Ademais, desde 2007, a ONU instituiu o dia 2 de abril como o dia Mundial da Conscientização do Autismo, entretanto, essa data é pouco divulgada (se é que há divulgação). Nesse contexto, é ilustrado a negligencia da sociedade perante a temática, além de não existirem evidencias de campanhas nessa data, vale ressaltar ainda que os dilemas enfrentados por essas pessoas não é debatido popularmente. Por outro lado, em uma matéria exposta no Fantástico, o doutor Dráuzio Varella afirma que o tratamento deve ser iniciado nas idades iniciais e constatou que a maioria dos pediatras brasileiros não estão aptos a diagnosticarem casos até os 3 primeiros anos de vida da criança. Infere-se, portanto, para mitigar os dilemas encarados pelas pessoas autistas, cabe ao Conselho Federal de Medicina, averiguar, por meio de inspeções frequentes, a qualidade do ensino nas universidades, e também acompanhar o estudo das especialidades pediátricas, já que o autismo é um transtorno que deve ser diagnosticado e tratado desde a infância. Assim, com o tratamento adequado, esses indivíduos terão uma melhora na qualidade de vida. Para mais, cabe aos governos estaduais, investirem, com licitações e contratos, em tutores para os alunos que apresentam necessidades especiais, de modo que eles permaneçam no ensino regular com o atendimento que precisam. Somente reconhecendo as diferenças é que a sociedade pode caminhar para a eliminação das desigualdades, como pensa Cortella.