Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 18/05/2018

A série televisiva “Atypical”, produção da Netiflix, narra a história de Sam, um garoto que apresenta o Transtorno do Espectro Autista, e enfrenta dificuldades de inclusão e socialização. Concomitante a isso, percebe-se a existência de dilemas encarados por pessoas autistas tanto no âmbito da série como em meio a sociedade brasileira fruto do tabu construído e a persistência na discriminação. Outrora, em 1943, o psiquiatra austríaco, Leo Kanner, publicou em sua obra, “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”, uma descrição de onze crianças que sofriam de um isolamento extremo desde o início de sua vida. Nesse contexto, percebe-se que mesmo como a longa datação dos acontecimentos retratados pelo psiquiatra o desconhecimento acerca do transtorno continua persistente, demonstrado, na sociedade, pela falta de integração social do portador do espectro autista. Ademais, no Brasil, existem cerca de 2 milhões de pessoas com a condição, no entanto, ainda há barreiras que dificultam o processo de inclusão da pessoa autista a direitos fundamentais como igualdade e nenhuma forma de discriminação, mediante o artigo 3º da Constituição Federal. Em suma, percebe-se a construção de um tabu perante a pessoa portadora do autismo. Consoante, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, a discriminação contra pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista é “uma violação dos direitos humanos e um desperdício de potencial”. Além disso, embora a sociedade pregue a conscientização das massas para a desconstrução da persistência a atos discriminatórios contra a pessoa que sofre do transtorno ainda há uma estigmatização, visto que, ainda segundo o secretário-geral, muitos países pouco compreendem a condição. Desse modo, percebe-se a necessidade de uma participação igualitária da sociedade no envolvimento ativo de pessoas com autismo. Em síntese, urge a necessidade da implantação políticas públicas integrativas, por parte do Governo Federal juntamente ao Ministério dos Direitos Humanos, em municípios por meio de participação comunitária em movimentos sociais que visem uma maior integração social de pessoas portadoras do transtorno em meio a comunidade. Talvez, dessa forma, o público que sofre com o autismo, como a personagem citada, possa usufruir de seus direitos.