Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 11/05/2018

"É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito". Com essa frase, Albert Einstein no século passado já previa um dos maiores entraves da sociedade atual, que é o combate às diversas formas de discriminação que permeiam na humanidade. A vítima de preconceito já enfrenta inúmeros obstáculos durante a vida, e quando esse preconceito se dá devido a fatores biológicos, como no caso de pessoas autistas, torna-se algo ainda mais difícil para o indivíduo lidar, tendo em vista que a natureza de sua limitação é inerente à ela. No entanto, no Brasil, os autistas não sofrem unicamente com a recriminação alheia; entre os dilemas enfrentados, destaca-se, também, a falta de preparo do Estado em lhes ofertar uma educação de qualidade. Em uma primeira análise, cabe pontuar a discriminação feita pela sociedade para com os portadores de autismo. É válido mencionar que essa é uma patologia que se caracteriza, principalmente, pelo déficit significativo na comunicação social verbal e não verbal, o que acarreta na incapacidade do afetado desenvolver e manter relacionamentos de amizade, e até amorosos. Com essas características somadas à falta de informação a respeito da doença, cria-se um estigma social ruim à respeito do autista, onde a sociedade que o rodeia, isola-o de uma vivência em grupo, que o leva a viver de forma solitária. Assim, o convívio social que deveria ser uma fonte de apoio e ajuda para transpor as intempéries da doença, torna-se mais um dilema a ser enfrentado. Ainda nesse cenário, é preciso analisar o despreparo do Estado em levar ensino a essa parcela da população. A educação é de tamanha importância para vida, que o filósofo Immanuel Kant defendia "que o homem é aquilo que a educação faz dele", porém, as dificuldades para os autistas obtê-la, iniciam-se ainda cedo. A começar pela falta do profissional adequado na rede pública de ensino, direcionado exclusivamente ao autista, a fim de atender suas necessidades comunicativas e de assimilação do conteúdo, algo já previsto em lei. Sendo assim, sem os profissionais capacitados, e até mesmo sem um material especial, o pleno aprendizado do portador de autismo fica comprometido, juntamente com a carreira pretendida, configurando-se como mais um dilema enfrentado por esses no Brasil. De forma análoga ao primeiro Princípio Newtoniano, que defende que, para toda ação, há uma reação, se faz necessário ações que amenizem os dilemas enfrentados pelos autistas no país. Cabe, então, ao Governo Federal, na figura no Ministério da Educação, destinar verbas para as escolas contratem os profissionais adequados para formação acadêmica do autista, ajudando-o a superar suas limitações. Então, a reação esperada é que esses sejam cada vez mais inseridos no meio acadêmico e posteriormente no mercado de trabalho, promovendo, assim, equidade para essa parcela da população. Resta, portanto, ao Governo Federal veicular propagandas em mídias sociais, como televisão e rede social, informando à respeito do autismo e suas características, visando, assim, a desmistificação da patologia e o acolhimento da sociedade para com esses indivíduos.