Na sociedade brasileira, o preconceito à atributos diferentes , como o autismo , não é algo do século XXI. No segundo reinado , por volta do século XVIII, pessoas com alguma necessidade especial eram excluídas de ter uma participação social. Cotidianamente, sendo reflexo desse fato enraizado , indivíduos autistas sofrem alguns dilemas impostos pela sociedade, sendo estes a dificuldade de achar algum vinculo empregatício e exclusão do meio social, causadas respectivamente pela ineficácia do estado em prover instituições publicas com capacitação e pelo preconceito costurado ao tecido social do brasil. A constituição do Estado Brasileiro afirma garantir o direito do cidadão a educação, saúde e segurança, sendo o cidadão portador de necessidades especiais ou não. Entretanto, esta afirmação é apenas vista no papel, de modo que pessoas do espectro autista no Brasil(cerca de 2 milhões) não possuem acesso instituições publicas ,como:hospitais e escolas capacitadas em fornecer um ensino e um atendimento de qualidade . Mostra-se assim o descaso do Estado com portadores dessas necessidades. Consequentemente, refletindo na sua formação acadêmica e profissional, fazendo o cidadão autista ter dificuldades no mercado de trabalho. Além disso, concomitante a ineficácia do Estado, o preconceito da sociedade desde a infância sofrido pelo individuo, tem peso direto na sua capacidade de socialização.Augusto do Anjos, poeta pre-modernista, em seu poema "psicologia de um vencido" dizia em seus versos "desde a epigênese da infância sofro a má influencia" . Esta afirmação poética, de maneira análoga a problemática sofrida pelos autistas, relata a participação da sociedade no esculpimento do individuo desde à menor idade. sociedade esta que impõe inclusão e fraternidade, no entanto, esta imposição é apenas dita, e não efetuada, tornado-se hipocrisia, pois, a sociedade reprime e modela ou exclui qualquer que burle o padrão estipulado por ela. Em virtude dos fatos sociais supracitados o autista canarinho sofre a exclusão do convívio social , agravando sua introspectividade. Destarte, em decorrência dos problemas antes postos, necessita-se de solução por intermédio de investimentos do Estado pelo Ministério da Saúde(MS) conjunto ao Ministério da Educação(MEC) em hospitais e instituições de ensino, aumentando a quantidade de profissionais especializados atuantes nesses ambientes,como:psiquiatras,psicólogos e pedagogos. visando à melhor capacitação educacional e profissional dos portadores dessa necessidade . Vale salientar a primordial relevância do papel da educação no processo de atenuação do preconceito e acentuação da inclusão. Por isso, cabe ao Estado investimentos em campanhas de conscientização da sociedade por meio de palestras sobre os diversos graus de autismo(leve,moderado e avançado),divergindo o conhecimento e impedindo a sua vivencia em uma alegoria da caverna de platão.