Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 09/05/2018

É indubitável que os dilemas encarados pelas pessoas autistas, no Brasil, são um desafio tanto a população quanto para o Estado. Isso deve ser solucionado, uma vez que não há igualdade social com as pessoas portadoras do espectro autista, impossibilitando, em sua totalidade, a integração desses indivíduos na sociedade. Nesse sentido, a fim de combater tal problemática gravíssima, dois aspectos fazem-se relevantes: desconstruir o preconceito sociocultural vigente e uma ação mais incisiva do Estado atuante. De forma primordial, é notório que o preconceito cultural exacerbado contido na população brasileira, principalmente nos núcleos familiares, escolares e laborais, é uma das principais causas desse cenário conflituoso. Em consonância com o sociólogo brasileiro Betinho, um país não muda pela sua economia, política e nem mesmo ciência, muda sim pela sua cultura. De maneira análoga, enquanto a sociedade não modificar seu comportamento coletivo de pensar e agir se tornará, cada vez mais, difícil resolver tal panorama. Isso porque, a discriminação contra as pessoas autistas tem início no ambiente familiar por meio do preconceito e permanece nos ambientes escolares e laborais, que por sua vez, não apresentam propostas de inserção mediante investimento em educadores qualificados e tecnologias de inclusão social. Outrossim, é indiscutível o papel vital do Estado no combate a esses dilemas graves. De acordo com o filósofo grego Aristóteles, o equilíbrio deve ser alcançado na sociedade por meio da política exercida de maneira justa. Não obstante, o que ocorre atualmente é uma ruptura desse equilíbrio, haja vista que, embora uma parcela expressiva da sociedade brasileira seja autista, cerca de 70 milhões de pessoas segundo a Organização Mundial de Saúde, ainda não existem políticas públicas efetivas que garantam isonomia social a esses cidadãos, demostrando a ineficácia na fiscalização e aplicação da lei. Destarte, nota-se a urgência de uma atuação mais incisiva do Estado visando modificar esse cenário desconforme e de total desrespeito aos direitos das pessoas autistas. Torna-se evidente, portanto, que os dilemas encarados pelas pessoas autistas são graves e que sua solução necessita mobilizar e justapor esferas sociais e políticas. Faz-se imperioso, diante disso, que o Governo Federal invista em um projeto abrangente de desconstrução do preconceito nas comunidades, escolas e empresas, por intermédio de panfletos, revistas e palestras que visem dilatar o conhecimento sobre o autismo e especializar a tratativa com as pessoas portadoras desse transtorno. Assim, com um Estado mais atuante e o apoio de uma sociedade consciente, em um futuro próximo seja possível garantir a isonomia social com as pessoas autistas, prevista pelo artigo 5º da Constituição Federal brasileira.