Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 05/05/2018

O filme “Meu nome é Rádio”, conta a história de um menino diagnosticado com autismo que sofre muitos preconceitos e encarou grandes desafios para viver em sociedade. Fora dos cinemas, esse transtorno causa problemas de comunicação e na interação social do indivíduo, tendo como dilemas as dificuldades na vida escolar/acadêmica e na inserção no mercado de trabalho. Nesse contexto, fica evidente como o preconceito gerado pela desinformação juntamente com a ineficácia do Estado em incluir essas pessoas são as principais causas desse revés. Além de todas as dificuldades naturais de um indivíduo com o espectro autista, o preconceito dificulta ainda mais o desenrolar da vida cotidiana. De acordo com Rabelais, a ignorância é a mãe de todos os males. Sob essa ótica, pode-se analisar, então, como a falta de informação a respeito do transtorno gera esse preconceito, uma vez que numa quase totalidade a população não tem conhecimento dos sintomas e de como a mente do autista reage e recebe de forma delicada os estímulos externos. Com isso, muitas vezes, os acometidos pelo transtorno acabam sendo excluídos e sendo motivo de piadas, principalmente no período escolar. Outrossim, a constituição brasileira assegura, como direito inalienável, o acesso de todo cidadão ao ensino regular de acordo com suas necessidades. No entanto, na prática isso não acontece, visto que há falta de profissionais qualificados para o acompanhamento necessário nas escolas, fazendo com que diversas instituições, ferindo a constituição, rejeitem alunos portadores por não possuírem o aporte necessário. Por conseguinte, acabam ficando desqualificados profissionalmente e tendo dificuldades na hora de encontrar um emprego. Dessa forma, observa-se como esses indivíduos carecem de maior atenção do poder público e do estabelecimento de políticas que favoreçam a inclusão e propiciem um bom futuro profissional. São necessárias, portanto, medidas visando a qualificação de educadores e a conscientização da população à respeito do transtorno. Desse modo, o Estado deve, por meio do Ministério da Educação, incentivar professores e estabelecer a eles cursos técnicos e especializantes voltados para o estudo do autismo e da forma de se trabalhar e lidar com indivíduos acometidos, para que se tenha o suporte necessário aos autistas. Ademais, deve instituir discussões em sala de aula, desde as séries iniciais, sobre as peculiaridades da pessoa autista e do respeito necessário a elas. Dessa maneira, a ignorância será colocada de lado e a inclusão será alcançada.