Isaac Newton, Albert Einstein e Bill Gates são exemplos de autistas que alcançaram o sucesso, entretanto, a realidade de muitos é completamente diferente. No Brasil, muitos são os desafios enfrentados pelos autistas, em especial, para a inserção no ambiente escolar e no mercado de trabalho. Nesse contexto, deve-se analisar como a negligência das escolas e a falta de informação sobre o autismo causam tais problemas. Em primeiro plano, apesar da lei 12.764 de 2012, classificar o autismo como uma deficiência e garantir o acesso à educação e ao ensino profissionalizante para quem possui esse transtorno, muitas instituições educacionais de ensino regular se recusam a atender essas pessoas. Desse modo, negam o direito a inclusão e a possibilidade de desenvolvimento escolar e social dos indivíduos do espectro autista. Em segundo plano, a pouca informação sobre esse distúrbio cria uma sociedade preconceituosa que discrimina os que o possui. Tal fato, pode ser refletido na declaração da OMS que diz que a inserção social de pessoas com deficiências mentais - como o autismo - é a que mais apresenta dificuldades. Sendo assim, não é à toa que a ingressão desses indivíduos no mercado de trabalho seja extremamente complicada. Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para ultrapassar esses desafios. Para tal, é preciso que o Estado brasileiro faça cumprir os ditames constitucionais, por meio de uma maior fiscalização do Ministério Público nas escolas, para que o direito à educação dos autistas não seja negado. Bem como, o poder público deve investir em campanhas informativas para a população sobre o transtorno em questão, que incentivem ainda a abertura de trabalho para essas pessoas, por intermédio de propagandas nos canais abertos de televisão, a fim de que os autistas tenham sua dignidade humana preservada.