“Todos os homens têm, por natureza, o desejo de conhecer” segundo Aristóteles. Nesse viés, a curiosidade é inerente ao ser humano. Contudo, a desinformação da população brasileira sobre o autismo aflige dilemas em sua integração ao mercado de trabalho, excluindo o profissional autista. Por ser um distúrbio descoberto há setenta e seis anos, ainda persiste a desinformação e o preconceito. Assim, eles encontram barreiras por não se adequarem no padrão de comportamento social, pela sua baixa competência social e sua diferente visão de mundo. Porém, em um mundo cada vez mais dinâmico e multifacetado, “pensar fora da caixa” é um atrativo para empresas modernas como Google e Amazon, que dão preferência aos profissionais singulares. Destarte, empresas tradicionais devem aprender com tais exemplos, já que, há problemas que olhos “normais” não bastam para enxergar. Para Immanuel Kant “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”. É sabido que o autista possuí grande aptidão em ciências exatas, sua habilidade em realizar contas e abstrações matemáticas é acima da média, sua singularidade pode suprir a deficiência brasileira em contas, pois, tendo como base uma pesquisa nacional realizada pelo IBGE sobre eficácia escolar no nível médio, apenas dois a cada 10 alunos se formam com domínio matemático. “Nada é permanente, salvo a mudança” disse Heráclito de Éfeso. Portanto, medidas devem ser tomadas para integração do cidadão autista no mercado de trabalho. O Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação fará uso de campanhas de conscientização por meio de panfletos e palestrar em escolas e faculdades, para que os futuros profissionais compreendam o autismo, quebrando a barreira do preconceito. Também cabe as empresas entender a melhor aplicabilidade do profissional em seu negócio, destiná-lo à logística a fim de aproveitar seu raciocínio lógico, obtendo maior arrecadação monetária e integrando o profissional autista ao mercado de trabalho. Por conseguinte, um Brasil cada vez mais fraterno e tolerante.