Título da redação:

Autismo: uma luta diária

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 19/05/2018

Na contemporaneidade, um dos grandes desafios que permeia a sociedade brasileira são os dilemas vividos pelas autistas. Tal problemática é complexa, uma vez que esse transtorno de desenvolvimento grave, interfere na capacidade do indivíduo se comunicar e interagir com outras pessoas. Sendo assim, nota-se nesse sentido, que a falta de informação e conscientização acerca do assunto, é uma das principais barreiras para o enfrentamento da doença, o que consequentemente infere em uma supressão dos direitos fundamentais e inclusão dessa população. Em primeira análise, cabe pontuar que um dos principais impasses vivenciados por pessoas Autistas é o processo de aprendizagem no âmbito escolar, uma vez que nem sempre os sistemas educacionais possuem ferramentas e capacitações adequadas voltadas para educação especial. Por consequente, convém frisar que uma educação inclusiva com qualidade, necessita de mediadores escolares capacitados para ajudar no suporte necessário na sala de aula, sendo esse um direito legal de qualquer portador de necessidades especiais, no entanto, a maioria das escolas públicas brasileiras, a qualidade deixa a desejar. Logo, essa realidade faz com que essas pessoas sofram ainda mais nesse processo de desenvolvimento. Desse modo, é notório o papel fundamental que a educação tem na vida de qualquer pessoa, visto que ela é ambiente de formação humana. Somando a isso, segundo uma pesquisa do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existem hoje um caso de Autismo para cada 110 pessoas. Esses dados revelam a importância da conscientização a cerca do transtorno, haja vista a maior necessidade de adaptação e compreensão acerca desse distúrbio. A falta de informações e abstenções de direitos básicos, como na saúde, traz sérios problemas, como a recorrência na limitação em consultas terapêuticas e em um atendimento especializado, o que resulta em um tratamento tardio. Outro fator, que mostra o não cumprimento da jurisprudência é a dificuldade em se conseguir o benéfico de 1 salário mínimo, que também é garantido legalmente, porém, na maioria dos casos é preciso recorrer judicialmente para assegurar esse direito. Assim, tais fatos, que deveriam ser degraus para ajudar a nivelar as dificuldades que os autistas iram enfrentar durante a vida, acabam tornando-se uma barreira, que nem todos conseguem quebrar. Portanto, é preciso buscar medidas que garantam não só o cumprimento legal daquilo que já foi conquistado pelos Autistas, mas também a qualidade de vida desse grupo. Dessa forma, é imprescindível que os Ministérios da Educação, da Justiça e da Saúde se mobilizem em prol do estabelecimento da efetivação daquilo que é essencial na vida de qualquer indivíduo sendo ele especial ou não, que é a educação, saúde e assistencialismo. Sendo assim, é fundamental fazer com que o ambiente escolar seja o início e o exemplo desse processo de inclusão e estabelecimento de igualdades, respeitando as peculiaridades de cada ser humano. Com isso, será possível fazer com que as diferenças sejam somadas e transformadas em aprendizados. Assim, são essenciais profissionais qualificados em educação especial, professores especializados, mediadores escolares, um para cada indivíduo especial, além de um psicólogo em cada unidade escolar. Logo, visando o bem-estar do autista, além de buscar estabelecer vínculos, esses fatores iram trazer a isonomia e equidade social, pois, a partir de oportunidades é possível a construção de um país melhor.