Promulgada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante, em seu XXV artigo, o direito à saúde e bem-estar a todos os indivíduos. Conquanto, os desafios relacionados à alimentação no Brasil impede que isso aconteça na prática, devido, não só ao fator educacional, como também a falta de atitude do governo. Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz. É inquestionável que o fator educacional está entre a permanência dos obstáculos relacionados à alimentação brasileira. Todavia, faltam medidas efetivas por parte das autoridades competentes para que o cenário nacional seja alterado. Isso, consoante ao pensamento do líder revolucionário Nelson Mandela, de que apenas a educação é capaz de mudar o mundo, expõe que esse conceito encontra-se deturpado no país, à medida que, por falta de conhecimento, os membros da sociedade são facilmente manipulados a enxergar absurda quantidade de agrotóxicos presentes nos alimentos, de modo natural, acreditando que consumir 7 litros desse veneno por ano (de acordo com a revista Problemas Brasileiros) não trará malefícios, vivendo assim, em uma utopia. Outrossim, é importante destacar que os problemas referentes à alimentação da nação, deriva, ainda, da baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne à criação de mecanismos que intervenham no uso de agroquímicos. Isso se torna mais claro, por exemplo, no governo de Jair Bolsonaro, que, em apenas 42 dias depois de assumir a presidência, foram aprovados 57 novos produtos elaborados com agrotóxicos, o que contribui para a permanência do Brasil como líder mundial em consumo dessa substância. Ora, se um governo incentiva esse contexto putrefato, entende-se, assim, o porquê de sua continuação. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente. Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater os desafios relacionados à alimentação no Brasil. Para tanto, convêm a criação de palestras, a fim de orientar a população, realizadas pela Secretaria de Assistência Social juntamente com o Ministério da Saúde e a Anvisa, a todos os membros da sociedade, com o intuito de orientar a população sobre as consequências causadas pelo uso excessivo de agrotóxicos, sendo veiculadas em escolas, faculdades, "workshops", entre outros. Somado a isso torna-se importante a criação de uma lei, pelo Poder Legislativo, que imponha um número limite de agrotóxicos usados nas lavouras brasileiras, sob pena de multa aos agricultores que descumprirem-na, com o intuito de retirar a nação da posição de líder mundial e tornar os alimentos mais apropriados para o consumo. Dessa forma, o real cumprimento do XXV artigo da Declaração dos Direitos humanos deixe de ser um sonho distante e passe a ser uma realidade no país.