Com a chegada da Revolução Verde, em meados do século XIX, o mundo pós-moderno recebeu grandes desenvolvimentos no campo da agricultura, trazendo esperanças de solucionar os problemas relacionados à alimentação mundial. Todavia, no limiar do século XXI, observa-se que essa esperança não saiu da teoria para ir à prática, consequentemente desenvolvendo novos desafios à alimentação, e no Brasil tal fato está intrinsecamente ligado à falta de programas governamentais com a vertente de uma sociedade cada vez mais consumista. A priore, é imperioso destacar que um dos principais problemas relacionados ao alimento no Brasil seja a sua falta.De acordo com o geógrafo Josué de Castro, a fome no Brasil não é um fenômeno natural, é um fenômeno social, produto de estruturas governamentais falhas.De tal forma, ainda que o país tenha alcançado cumprir o desafio milenar da ONU em reduzir dos problemas da alimentação, como a desnutrição e fome, em 80%, a falta de investimentos no setor agropecuário coloca a nação frente ao Mapa da Fome, mesmo sendo um país que é fortemente caracterizado em agroexportador mundial. Por outro lado, a má alimentação da população brasileira denota o que o filósofo Zygmunt Bauman chama de Tempos Líquidos, isto é, uma sociedade imediatista perante ao novo rearranjo de vida contemporâneo. Sabendo disso, empresas de ''fast-food'' vêm se alocando para os centros urbanos em consonância a esse novo hábito de vida, promovendo para a população uma alimentação rápida, porém, em muitas das vezes, pouco nutritiva.Esse panorama fica evidente quando dados da ANVISA mostra que o brasileiro consome cerca de 5 litros anualmente de agrotóxicos. Diante disso, depreende-se que os problemas relacionados à alimentação no Brasil é fruto da ainda ineficiência governamental atrelada a uma sociedade que haje em detrimento ao bem-estar alimentar. No intuito de mudar tal conjuntura, caberá ao Ministério da Agricultura incentivar a agricultura orgânica em escala nacional, através de empréstimos a juros baixos aos agricultores de médio e grande porte, e, consequentemente, caberá ao Senado desenvolver uma legislação que obriga as empresas adquirirem, ao menos cerca de 60%,alimentos de base agroecológica, libertando a população brasileira dos desafios de uma vida saudável.