Muitos aspectos da sociedade contemporânea podem ser explicados com base na história, por exemplo, preconceito, desigualdade social, entre outros fatores. Assim também, pode-se ver na educação brasileira a sombra e as consequências de sua história. Portanto, desafios enfrentados hoje na área do ensino são reflexos de uma era passada. Se por um lado, o fato de o Brasil ter sido uma colônia de exploração foi algo determinante para que aqui nascesse um sistema educacional monopolista e elitista. Por outro lado, o histórico de uma política corrupta unido à fiscalização ineficaz culminou num sistema de ensino público mal gerido e, portanto, ineficiente. Dessa forma, essas duas vertentes históricas se desdobraram em um presente em que docentes são sobrecarregados, mal remunerados e intimidados, ora em colégios particulares, ora em escolas públicas. O olhar atento enxerga quão comum é a arrogância estudantil e a falta de respeito em relação aos professores no ensino privado, isso porque estes são enxergados pelos primeiros como meros funcionários. Já no caso dos professores efetivos ou contratados pelo Estado ou município, o drama centraliza-se na falta de autonomia, segurança e apoio governamental. Portando, os desafios só mudam de nome no que tange ao ensino público ou privado, pois em ambos os casos existem problemas que amedrontam o professor, dificultam o exercício docente e têm raízes claramente históricas. Em suma, diante de uma observação rápida sobre o histórico educacional brasileiro, é possível constatar, portanto, a origem de muitos dos desafios enfrentados pelos professores brasileiros na contemporaneidade. Logo, o primeiro passo para mudanças eficazes está em identificar a origem específica de cada problema. Na sequência, planejar estratégias contando com a participação dos educadores é essencial, pois estes, mais do que qualquer outra classe trabalhadora, sabem bem o que enfrentam. Por fim, uma boa gestão executiva juntamente com a fiscalização pode ser o início de um futuro educacional melhor.