A educação é essencial ao desenvolvimento econômico e social, sendo o professor o agente mais importante nesse sentido. Contudo, no Brasil, esse profissional recebe péssimos salários e exerce sua atividade em condições precárias, sujeitando-se, até mesmo, à violência por parte dos seus próprios alunos. Assim, caso o Poder Público não tome as devidas providências, o Brasil nunca deixará de ser uma nação emergente. Em primeiro lugar, dentro da esfera público o piso salarial do professor é o menor entre os cargos de nível superior, enquanto o docente recebe no mínimo dois mil duzentos e noventa e oito reais, um engenheiro recebe no mínimo oito mil reais. Essa diferença desanima e o valor não satisfaz profissionalmente, o que leva o professor a assumir o máximo de turmas possíveis para aumentar sua renda. Mas ele perde em qualidade de vida e de desempenho, pois não é capaz de se preparar adequadamente para cada aula, e nem de dar a atenção necessária aos alunos, pois é muito trabalho. Logo, quem perde é sociedade. E caso o governo não cuide da docência, ela será sucateada, tornando-se uma profissão sem perspectiva de crescimento pessoal. Ademais, a desvalorização não se dá apenas no âmbito financeiro, tendo em vista que as agressões de alunos aos docentes são alarmantes. De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil está no topo do ranking de violência contra o professor, já que 12,5 % dos profissionais ouvidos relatam frequentes agressões verbais e intimidação de alunos. Desse modo, o professor trabalha com medo, sempre relutante em relação a ação dos alunos, pois uma nota baixa ou um ato disciplinar pode ter como resposta uma ameaça ou ato de violência, sua autoridade como professor está engessada ou não existe, dependendo do contexto em que a escola se insere, ou seja, o professor pode ficar refém dos alunos. Algo absurdo que o poder público não apresenta solução e nem assume como problema. Diante desse quadro, portanto, a primeira medida a ser tomada pelo Governo Federal é aumentar o piso salarial dos professores, equiparando às demais profissões de ensino superior, além de aumentar o repasse de verbas aos estados e municípios para garantir o pagamento. A segunda medida é garantir a segurança do profissional, com a presença nas escolas ou nas proximidades da polícia militar e também com a realização de palestras com policiais preparados sobre o crime e suas consequências, gerando, assim, uma sensação maior de segurança. E por fim, a direção da escola junto do conselho tutelar devem identificar antecipadamente os alunos problemáticos para realizar um trabalho pedagógico sobre a relação do aluno e sua família com o professor, para que as agressões não aconteçam, ou se repitam.