Título da redação:

Pedagogia de Frankfurt

Tema de redação: Os desafios dos professores brasileiros na contemporaneidade

Redação enviada em 07/05/2017

Desde janeiro de 1963, quando Paulo Freire alfabetizou trezentos trabalhadores rurais em 45 dias no Rio Grande do Norte, tendo seu método reconhecido até por João Goulart em 1964 antes do golpe militar, o Brasil teve a chance de ascender seu nome internacionalmente em termos de educação. No entanto, ironicamente, sua educação entrou em declínio e continua até os dias atuais, desencadeando inúmeros desafios aos professores. Seja pela carência na infraestrutura escolar, seja pelo vício dos alunos em tecnologia. De acordo com dados relatados pela CAQi (Custo Aluno Qualidade inicial), apenas 0,6 % das escolas públicas brasileiras possuem suas infraestruturas próximas do ideal, com bibliotecas, laboratórios de informática, quadras esportivas, dentre outros. Isso reflete diretamente na atuação do educador, uma vez que com pouca estrutura didática adequada, suas aulas estarão fadadas à mesmice tediosa, o que atrapalhará no rendimento dos alunos. Desse modo, o Ministério da Educação deveria avaliar a situação afim de melhorar o ensino brasileiro. Outrossim, devido essa falta de infraestrutura escolar, juntamente ao tédio causado em algumas vezes pela "mesmice" citada anteriormente, o aluno recorre à sua válvula de escape: a tecnologia. Segundo Herbert Marcuse, filósofo e sociólogo da Escola de Frankfurt, a tecnologia possui um potencial libertador devido a capacidade de proporcionar lazer ao usuário. Entretanto, seu uso em âmbito escolar atrapalha no desempenho do professor, visto que o aluno estará concentrado o tempo todo em seu celular e não absorverá o conhecimento da aula. Os professores brasileiros, portanto, passam por inúmeros desafios em sua profissão, como a falta de infraestrutura nas escolas e o descaso dos alunos ao acessarem seus celulares durante as aulas. Sendo assim, é necessário que alguns órgãos públicos tomem medidas para resolverem o problema. O MEC deveria investir ainda mais nas escolas, como: na construção de quadras esportivas, laboratórios de química e física, bibliotecas e aumento no salário dos professores. Ademais, o Estatuto da Criança e do Adolescente deveria sancionar uma lei que proíba o uso de aparelhos tecnológicos nas escolas, criando grupos para que, antes do início das aulas, fiscalizem os alunos nas portas das salas da instituição afim de recolherem qualquer aparelho tecnológico não permitido.