Título da redação:

Investir na educação: uma missão além do capital

Tema de redação: Os desafios dos professores brasileiros na contemporaneidade

Redação enviada em 30/08/2017

A carreira de professor, nos moldes atuais, principalmente em solos de países em desenvolvimento, é mormente desvalorizada e tende à estagnação total, no que tange ao desenvolvimento pleno, com ênfase no Brasil, primordialmente nas esferas públicas: municipal, federal e estadual. Nesse viés, retomando-se, sinteticamente, à Segunda Revolução Industrial e o modelo educacional que viera com ela, este manteve-se quase inerte na seguinte composição: professor, lousa, giz e saliva; o que em nada corresponde às demandas social-educacional-cultural contemporâneas. Nesse hiato, é preciso transformar a educação tradicional em um mecanismo verdadeiramente interativo, que acompanhe o ritmo dos desenvolvimentos social, sustentável e tecnológico, a fim de priorizar a interdisciplinaridade e convívio social. Dessa maneira, as figuras física e virtual de professores se fazem mister no processo de refinamento da aprendizagem. Ainda em solo nacional, o profissional tem uma missão difícil, a partir, crucialmente, de 1980, período em que a educação formal fora incentivada para suprimento de cargos. Contato, para enquadramento da massa populacional que viria, sucateou-se ao máximo a infraestrutura escolar, o ensino que serviria de fomento para a mão-de-obra qualificar-se, aumentou-se a jornada de trabalho dos educadores e, proporcionalmente, houve pouca mudança no salário dos profissionais. O resultado desse montante é visto cotidianamente, profissionais infelizes e desmotivamentos, sem graduação específica ao ato de lecionar, jovens evasivos quando toca-se no assunto licenciaturas para futuro profissional e abertura para a área privada nas educações primária e secundária, oferecendo melhores condições apenas aos alunos. Infere-se, equivocadamente, que os profissionais desta área recebem mais, quando, na verdade, ainda que falho, o Estado proporciona melhores salários. Visto que a realidade é desafiadora, sobretudo no Brasil, em que as desigualdades são acentuadas pelos vieses político e territorial, é mister mobilizar os órgãos competentes à elaboração de medidas socioeducativas com valorização plena do profissional. Assim, cursos, palestras e demais fomentos na área da educação devem ser incentivados pelos Ministérios da Educação e do Desenvolvimento. Nesse sentido, infelizmente, o Brasil caminha às avessas, haja vista a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) de gastos e a Reforma da Previdência, que visam a minar os poucos benefícios e corte de investimentos, em ordem inversas. É preciso, portanto, reverter o cenário de desmontes a aplicar os mecanismo supracitados para a melhoria na qualidade da educação brasileira. Afinal, ela é responsável, em maior instância acerca do desenvolvimento de tudo que um país almeja.