Na sociedade capitalista atual, o trabalho é de extrema importância para a sobrevivência, a manutenção e, até mesmo, a ascensão social do indivíduo. Para isso, o tempo é escasso para o convívio familiar, restando à escola todos os níveis de educação. Dessa maneira, nota-se a importância social do professor na contemporaneidade que, no entanto, não é identificada por causa da característica da criança moderna e do não reconhecimento social. No início do desenvolvimento da educação no Brasil, havia regras e hierarquias definidas, com pouca ou nenhuma possibilidade de argumentação ou contestação por parte do aluno. Atualmente, elas ainda existem, mas não são respeitadas. Na era do digital, as crianças são bombardeadas por informações simultâneas que a fazem questionar o porquê da subjugação e, com uma visão individualista, decidem não seguir a hierarquia. Desse modo, instaura-se uma indisciplina e uma disputa de atenção entre professor e celular. Esse último é escolhido principalmente porque a educação não é atrativa, tendo um método de ensino arcaico que requere um aluno passivo, uma obediência e uma aceitação daquilo que é dito. Na época da Ditadura Militar no país, o governo instaurou uma ideologia de valorização do trabalho, menosprezando o estudo, que poderia oferecer uma consciência ao povo submisso. Assim, atualmente, persiste a ideia de que não é necessário estudar para trabalhar, o que é percebido no aumento do número de trabalhadores informais e daqueles com baixos salários nos últimos anos. Esse pensamento faz com que a sociedade e, consequentemente, seus representantes no governo não se preocupem com a remuneração do professor, que é baixa, ou com a infraestrutura, que é precária. Esses fatores dificultam a missão do educador e afastam possíveis profissionais da área que estão escolhendo uma carreira, o que provoca uma falta de trabalhadores que piora a qualidade de ensino no país. Portanto, é necessária uma reforma no ensino brasileiro realizada pelo Ministério da Educação, apresentando um novo método de aprendizagem que concilie o conteúdo, a tecnologia e o professor ao visar uma maior interação na relação entre esses setores. Ademais, os governos municipais e estaduais devem providenciar maiores salários e melhores infraestruturas, incentivando o profissional de hoje e aquele do futuro, além de valorizar seu papel social na formação da população.