Desde os meados até o final do século XX, a profissão docente era respeitada por toda a nação brasileira. Diferentemente das décadas anteriores, quando era prerrogativa do professor apenas disseminar o conhecimento, parte da sociedade atual tem representado o educador como o substituto do lar. Em uma recente pesquisa realizada pela UNESCO, 86% dos professores entrevistados admitiram haver algum tipo de violência em seus locais de trabalho. Por sua vez, durante a formação, os docentes não são preparados para trabalhar com alunos mal-educados e violentos. Além disso, em conformidade com um artigo publicado na Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia, comportamentos incivilizados nos ambientes escolares são reflexo da ausência dos pais ou excesso de permissividade no processo educativo dos filhos. Ademais, é notável que em perspectivas educacionais anteriores, se o aluno não aprendia, a culpa era dele, hodiernamente, se ele não assimilar o que foi dado em aula, a responsabilidade é do professor. Isto posto, pode-se citar conversas altas e celulares ligados como algumas das indisciplinas mais frequentes encontradas em sala de aula, ou seja, discentes não respeitam a hierarquia escolar. Diante dessas circunstâncias, a docência pode ser facilmente estabelecida como profissão de risco. A frente disso, o Ministério da Educação deve impor uma disciplina obrigatória na matriz curricular dos cursos de licenciatura. Decerto, instruirá aos licenciandos as maneiras corretas de agir em situações de desrespeito e em que eles possam vir a ser vítima de agressão. Dessarte, seguindo essa linha, os índices de violência e desacato nas escolas tendem a diminuir, e assim, a Educação brasileira começará a se esmerar.