Nos anos 70, com o seriado de televisão mexicano Chaves, o professor Girafales já nos demonstrava um fato muito real: ser professor não é tarefa fácil. Eles não apenas têm que enfrentar longas jornadas de trabalho devido aos salários baixos que recebem, mas lidar com salas de aula abarrotadas de alunos, estes frequentemente desinteressados e desrespeitosos, além de terem que ensinar em salas muitas vezes depredadas. Os desafios dos professores brasileiros iniciam-se logo após uma exaustiva formação no ensino superior que cada um deles deve enfrentar em seu caminho até a sala de aula. Ao fim dessa trajetória, deparam-se com o fato de que, para a conquista de um salário decente, devem exercer uma carga horária de trabalho pesada, especialmente quando há o sustento de uma família em questão. Essas atividades pedagógicas também se estendem para o ambiente doméstico, até mesmo em fins de semana, já que eles necessitam de tempo para corrigir provas e elaborar conteúdos para as aulas. Outro grande problema enfrentado por educadores é o desinteresse de muitos alunos que, pouco motivados a aprender, mostram-se desrespeitosos com professores, colegas e ambientes estudantis, por meio de atitudes inapropriadas em sala de aula, destratos ao professor por vezes praticando agressão física e verbal a eles, prejudicando o desempenho de ambas as partes. Além disso, turmas de 30, 40 alunos em uma sala com capacidade para 25 não são raras, fato que agrava o problema. Tendo esses fatores em vista, as autoridades governamentais encarregadas do setor da educação devem, primeiramente, oferecer condições salariais mais justas aos professores, para que possam se dedicar mais ao trabalho dando aula a menos turmas, e aumentando a qualidade das mesmas. Segundamente, se faz necessária uma redivisão de alunos em grupos menores, que não ultrapassem um certo limite de alunos por classe, para facilitar e melhorar a comunicação de alunos com professores e vice-versa. Além disso, deve-se investir em infraestrutura, na construção de ambientes de ensino mais suscetíveis a aumentar o interesse do aluno pelo aprendizado, e, com isso, aumentar a vontade do professor de dar aula e de continuar melhorando o mundo.