Valorizar o professor é um dos grande desafios nacionais. O problema começa quando observa-se que a educação está fora do centro de prioridades do estado e da sociedade, e quando seu principal elemento de facilitação está dentre as profissões mais desvalorizadas tanto em termos de importância quanto por fatores remuneratórios. Escolas de precária infraestrutura, com professores que ganham menos de dois mil reais por quarenta horas de trabalho, algumas sem merenda escolar, são apenas alguns exemplos do descaso do estado com a educação. Essa situação repercute negativamente na sociedade, que por sua vez, desacretida na educação como ferramenta de exercício da cidadania e de ascenção social. Dentro das escolas, o cenário é ainda mais grave, boa parte dos alunos não enxergam a escola como um ambiente privilegiado de troca de conhecimento e integração social, e sim como uma mera distração, o que justifica a sua falta de integração ao cenário estudantial e casos sistemáticos de faltas em sala de aula, brincadeiras inoportunas e até mesmo casos de violência. O professor, elo de ligação entre o aluno e o conteúdo, é castigado por baixos salários e péssimas condições de trabalho. Para se ter uma idéia, o piso nacional mais recentes dos professores estaduais é de dois mil e trezentos reais, muito longe de estar a altura do trabalho e da responsabilidade de um educador, e que muitas vezes os estados não cumprem com esse valor. Desestimulados, eles procuram outra profissão ou então são submetidos à extensas cargas de trabalho, o que prejudica o desempenho dentro de sala de aula e arranca-lhes do fundo da alma o prazer de ensinar e a esperança de construir e formar o cidadão. Dessa maneira, os elos são enfraquecidos, e torna-se uma tarefa hercúlea melhorar a educação com alunos desinteressados, professores desestimulados e estado omisso. Dado o cenário lamentável que a educação se encontra, faz se necessário a atuação do estado em implantar medidas que revertam esse quadro. Primeiramente, os estados e da União e seus municípios, por meio das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, deveriam aumentar consideravelmente o piso salarial do professor, bem como atuar na melhoria da infraestrutura das escolas estaduais e municipais.E por fim, O Ministério da Educação deve reformar a educação de base, reformulando o currículo pedagógico das escolas e estimulando desde cedo o aluno a enxergar a escola como ela deve ser vista, bem como seu principal agente, o professor.