É consenso, na comunidade educacional atual, os vários desafios enfrentados pelos professores brasileiros. Além de conviverem com salas lotadas e condições estruturais grotescas, parte dos docentes não possui preparação suficiente para estar em sala de aula, segundo o último censo escolar. Essa triste realidade se deve, em maioria, ao descaso político em relação à educação no país. O ensino atual brasileiro vai contra a própria a constituição em vigor, que, em um dos seus artigos, assegura o direito de aprender, ensinar, buscar e divulgar conhecimento, tanto para o aluno quanto para o professor. Os docentes enfrentam salas lotadas e com mínima infraestrutura para tanto estudantes, além da difícil tarefa de competir com aparelhos eletrônicos, que na maioria das vezes são mais interessantes que a aula. Fruto de um sistema capitalista, o ensino autoritário não estimula o interesse dos discentes, ideia defendida na obra sociedade sem escolas, do pensador Ivan Illich, na qual refere-se à uma instituição de ensino humanizada, onde o saber possa ser compartilhado em várias redes, formando “teias de aprendizado” entre o meio escolar. Com as tecnologias contemporâneas, o processo de divulgação do saber poderia ser facilmente ser aplicado, fazendo que os aparelhos eletrônicos deixem de ser um inimigo. Diante dos fatos apresentados, é notório que as políticas em relação à educação devem ser repensadas. A valorização dos profissionais da educação é necessária, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o governo deve aumentar o teto salarial da área. Palestras e cursos regionais devem realizados pelos municípios, com a intenção de capacitar os professores no uso de novas tecnologias em sala de aula.