Diferentemente das décadas anteriores, quando era prerrogativa do professor apenas disseminar o conhecimento, parte da sociedade atual tem representado o educador como o substituto do lar. Em uma pesquisa realizada pela UNESCO, 86% dos professores entrevistados, admitiram haver algum tipo de violência em seus locais de trabalho. Durante a formação, os docentes não são preparados para trabalhar com alunos mal-educados e violentos. Comportamentos incivilizados nos ambientes escolares são reflexo da ausência dos pais ou excesso de permissividade no processo educativo dos filhos. Em perspectivas educacionais anteriores, se o aluno não aprendia, a culpa era dele; hodiernamente, se ele não assimila o que foi dado em aula, a responsabilidade é do professor. Conversas altas e celulares ligados são algumas das indisciplinas mais frequentes encontradas em sala de aula. Discentes não respeitam a hierarquia escolar. Diante dessas circunstâncias, a docência pode ser facilmente estabelecida como profissão de risco. À frente disso, a família deve preocupar-se em doutrinar suas crianças e adolescentes para que sigam a filosofia dos valores morais comportamentais idôneos. O MEC pode impor que uma disciplina obrigatória instruirá aos alunos de licenciaturas a como agir em situações onde ele possa vir a ser vítima de agressão. A escola, por sua vez, precisa se atentar para a resolução de casos onde o docente foi constrangido e/ou violentado, advertindo os responsáveis e acionando o poder público em ocorrências de agressão física, onde o agressor responderá pelo ato em programas de recomposição moral. Seguindo essa linha, o Brasil voltará a ser uma nação que reverencia a profissão docente.