Título da redação:

A educação como um gasto

Tema de redação: Os desafios dos professores brasileiros na contemporaneidade

Redação enviada em 09/05/2017

Em vários países do globo, como Japão e Inglaterra, os professores são muito valorizados e respeitados, tanto como profissionais como pessoas, devido ao papel que exercem na sociedade e na construção do futuro do país. No Brasil, porém, a situação é inversa há muitos anos devido à uma cultura neoliberal que começou na década de 90 e se mantém até hoje. Esse modelo econômico, por visar a produção de mercadorias e, posteriormente, o lucro com a sua venda, não enxerga o trabalho dos professores como algo digno porque este trabalho não produz um bem palpável do qual é possível extrair a mais valia. Consequentemente, o magistério passou a ser considerado um gasto pelos governantes, e cada vez mais vemos os desafios dos professores brasileiros aumentarem como baixos salários, falta de respeito dos alunos, carga de trabalho grande para conseguir ter um salário digno, salas lotadas, conseguir passar uma perspectiva de futuro através do estudo para os alunos de classes sociais mais baixas, alunos desinteressados, conteúdos curriculares desatualizados, entre outros. Alguns desses problemas poderiam ser resolvidos se os pais não estivessem relegando à escola o papel que é deles, que é o ensino de gentileza, educação com o próximo, empatia, respeito ao professor e a importância do estudo. Outros desafios passam pelas mãos dos próprios professores como a reciclagem de seus conceitos teóricos e na forma da aula, por exemplo, fazendo os alunos participarem mais e sentirem que fazem parte da construção do conhecimento e até mesmo com o uso de tecnologias. O fato é que o modelo expositivo ao qual os professores foram submetidos já não agrada mais os estudantes. Por fim, os problemas relacionados à lotação das salas, conteúdo curricular defasado e salários são de competência dos governos municipal, estadual e federal, sendo cada um na sua esfera de atuação, sendo a constituição, mas que devem ouvir a população, os alunos e, principalmente, especialistas para que tenhamos uma saída que valorize os profissionais da educação, como em outros países, e uma educação melhor.