Antes de os europeus chegarem na América, já haviam vários povos que a habitavam, cada um com seus costumes e culturas. Quando os europeus descobriram o “novo” continente, impuseram seus costumes aos povos americanos e começaram a chamá-los de índios. Com o passar do tempo, muitos indígenas começaram a deixar seus costumes de lado para se tornarem parecidos, culturalmente, com os homens brancos. No entanto, ainda há muitas culturas indígenas que preservaram suas identidades, e lutam por espaço na sociedade atual. Embora a sociedade não reconheça plenamente os direitos dos índios, há pessoas (índios e brancos) que lutam para reverter esta situação. Devolução de terras pertencentes a tribos, educação e saúde dignas e o cumprimento de leis já existentes são apenas alguns tópicos das reivindicações indígenas. Desde 1973 está em vigor o Estatuto do Índio, o qual dentre muitos decretos, delimita áreas para o uso exclusivo de índios. Contudo, existem pessoas dispostas a ignorar este decreto, na maioria são fazendeiros ou extrativistas. O desrespeito às leis normalmente gera conflitos, e este caso não é uma exceção. Os conflitos entre índios e garimpeiros (extrativistas) na região Norte causam muitas mortes para os dois lados, e vêm se arrastando por décadas. De um lado os índios, reclamando suas terras; de outro, os garimpeiros, que na maioria dos casos, além de estarem sob um regime de trabalho forçado, subordinados a um grande latifundiário (uma espécie de senhor de engenho dos dias atuais), são obrigados a combater os índios. O governo, no que diz respeito aos conflitos indígenas por terras, está pecando muito. Deveria ser criada uma força-tarefa, que garantisse o direito de posse das terras concedidas aos índios. Com isso, além de garantidor dos direitos dos índios, o governo estaria contribuindo com o combate ao desmatamento, desativando os garimpos em terra indígenas.