Na primeira geração do Romantismo no Brasil, o chamado Indianismo atuou como um importante reconhecedor da cultura indígena na identidade brasileira, destacando autores como Gonçalvez Dias e seu poema mais famoso Canção de Exílio. Entretanto, atualmente, os avanços do agronegócio e a falta de eficiência das políticas governamentais colocam em risco a integridade de inúmeras tribos indígenas. O avanço do campo moderno além de promover a degradação ambiental, favorece a invasão das reservas indígenas incentivado pelos ruralistas que financiam grileiros atuantes em um sistema corrupto de invasão de terras. Convém lembrar ainda que os conflitos fundiários aumentam o genocídio indígena, iniciado no século XV. Neste contexto, é importante ressaltar que há uma bancada ruralista atuante nas políticas brasileiras, que direcionam e maquiam as leis em prol dos interesses lucrativos, uma vez que a economia é baseada na agroexportação. Além disso, existe uma grande parcela da população que não reflete sobre os riscos de extinção da cultura indígena e ignoram essa problemática por não fazer parte direta da realidade vivida. A falta da participação da sociedade, portanto, favorece a manipulação das leis realizadas pelos congressistas ruralistas. Por isso, é necessária a atuação da mídia aliada à UNESCO para informar os riscos da destruição do patrimônio cultural indígena, como também o Estado guiado pela FUNAI deverá fiscalizar as reservas e punir os indivíduos que ferirem a dignidade indígena, haja visto que segundo Aristóteles, só poderá ser feliz um Estado edificado sobre a honestidade.