Desde o ano de 1500, em que o Brasil foi descoberto pelos portugueses, a população indígena brasileira já sofreu diversas baixas, dentre essas temos como exemplo a escravização pelo povo português e o desprezo pela sua cultura com a catequização pelos jesuítas. Contudo, por um breve período foi valorizado como símbolo nacional por meio da Primeira Fase do Romantismo, mais conhecida como Indianista. Nesse sentido, se avaliarmos os indígenas hoje,embora tenhas ocorridos mudanças positivas em suas condições, ainda há uma violência e exclusão persistente que precisa ser combatida. Ao se fazer uma análise da população de índios no Brasil, é visto que são cerca de 800.000 mil indivíduos divididos em todos os estados e no Distrito Federal, eles são uma minoria expressiva em nossa sociedade, pois representam a origem do povo brasileiro. Ademais, sua cultura que já foi diversas vezes ignorada pelo Estado é extremamente vital para a manutenção desse, uma vez que possui riquezas de conhecimentos culturais, medicinais e até da fauna e flora do território brasileiro. Sem contar que para muitos cidadãos, infelizmente, o índio ainda é considerado como o bom selvagem de Rosseau, sem o contato com o modo de vida do homem branco. Comenta-se, com frequência, a respeito dos territórios indígenas que são controlados pelo poder Executivo de nosso país por intermédio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), essas áreas hoje possuem grandes conflitos que já duram longos anos e são entre os nativos e os latifundiários. Desse modo, isso ocorre porque os grandes proprietários de terra se sentem no direito de invadir as terras indígenas e expulsar os residentes apenas por possuírem grandes grande poder econômico, com isso só nos últimos sete anos, 133 índios foram acolhidos pelo programa de defensão dos direitos humanos, mostrando que o problema está mais grave do que se pensava. Em virtude dos fatos mencionados, é necessário que medidas sejam tomadas. Entre elas, o Ministério da Justiça poderia agilizar os processos de demarcação de terras diminuindo a burocracia e dando mais ouvidos à opinião dos indígenas. Paralelamente, as ONGs, em parceria com o Ministério da Cultura, poderiam criar equipes que percorreria diversas cidades do país exaltando a cultura indígena e seus conhecimentos, e à mídia caberia inserir os índios em seus programas e novelas para divulgar o quão normais e adaptados eles são com a tecnologia e as leis. E, por fim, cabe à sociedade e ao indivíduo entender que eles são seres direitos que fazem parte de nosso país e de nossa formação cultural e social.