Na ideologia iluminista, os filósofos se preocupavam com a evolução social, guiando-se pelas “luzes da razão”, portanto, na visão dos intelectuais iluministas, uma sociedade só progride quando se sensibiliza com o bem-estar social do outro. Entretanto, observando as causas dos desafios indígenas brasileiros na contemporaneidade, nota-se uma cisão com as ideias dos pensadores, pois essas causas encontram-se relacionadas à realidade trágica dos índios que lutam fortemente por seus direitos em busca de dias melhores para que suas culturas e costumes não sejam extintas, tal mazelas procrastinam intrinsecamente o progresso do país. Assim, cabe analisar as principais consequências desses descasos para a sociedade. A princípio, com a chegada dos portugueses no território brasileiro em 1500, não apenas prejudicou a biodiversidade com a extração do pau Brasil, como também, escravizou os indígenas e explorou suas terras, além disso, foram tratados como animais sofrendo torturas quando resistiam ao trabalho escravo. Contudo, com as expedições jesuíticas, foram catequisados e obrigados a aprender a língua dos estrangeiros, que ofereciam ferramentas em troca de mão de obra. Porém, na contemporaneidade, esse semblante continua com a luta na Constituição Federal de 1988, no reconhecimento e a demarcação de terras, embora sejam proprietários desde os séculos XVI. Contudo, a FUNAI (Fundação Nacional do índio), tem o objetivo de proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil. No entanto, esse flagelo rompe vigorosamente a harmonia com o objetivo do instituto, tendo em vista que as causas desses desgostos se generalizam com resultados. Convém ainda ressaltar que a questão governamental e suas aplicações estejam entre as causas desses problemas. No artigo segundo do Estatuto do Índio de 1973, é relatado, que, “assegurar aos índios a possibilidade de livre escolha de seus meios de vida e subsistência”. Entretanto, a intensa resistência do governo em tirar as terras dos nativos, segue bruscamente com a ajuda de latifundiários no intuito de fazer grandes plantações e gerar lucro para o país, todavia, o preconceito faz com que suas culturas e costumes sejam desvalorizados no Brasil. Apesar disso, seguindo essa linha de pensamento é notório que o objetivo do artigo é compreendido na teoria e seriamente generalizado na prática. Portanto, é evidente que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem a eficácia desse valoroso artigo. Logo, para que a evolução social venha ser conquistada, urge que, o Ministério Público, junto com a FUNAI, deve tratar como prioridade esses povos, para que possam vivenciar suas culturas e seus costumes. Além disso, o Ministério da Educação, também deve abordar a participação do indígena na história do Brasil com mais importância, criar a semana do índio, levando os indígenas para o ambiente escolar, no intuito de mostrar para os alunos que somos todos iguais. Com isso, o Brasil valorizará os povos nativos e dará um grande avanço ao tão sonhado desenvolvimento.