O índio não é tratado como ser humano desde a chegada dos europeus, que os tratam como animais e escravos. Contudo, a imagem do índio levada para a Europa era idealizada e eurocêntrica, vista no livro “Iracema” de José de Alencar. Além do mais, os desafios que a população indígena brasileira vêm sofrendo só aumentam e as poucas leis feitas para eles não são cumpridas. É notório que desde o princípio houve interesse por parte dos portugueses de explorar as terras brasileiras e os índios, estes não conseguiram fugir da perseguição e escravidão. No ciclo da borracha, pode-se perceber a violenta escravidão vivida pelos indígenas, além da mão de obra escrava, o governo também começou a tirar as terras dos nativos. Não só terras foram tiradas, mas também uma cultura foi se perdendo entre tanto sofrimento, e essa cultura até hoje não foi recuperada totalmente. Além disso, com o passar dos anos, os fazendeiros continuaram tomando as terras indígenas. Por não terem documento oficial, os nativos são obrigados a desocuparem a terra, e sem áreas e florestas, os índios não são capazes de exercer sua função principal, o plantio e a caça. Ademais, a falta de um local próprio faz com que os índios comecem a morar na beira da estrada, e essa situação pode ser vista no documentário “À sombra de um delírio verde” em que os guarani-kaiowá, por falta de terras, habitam as margens das rodovias no Mato Grosso do Sul. Outrossim, para dificultar ainda mais a conquista de terras pelos indígenas, a PEC 215 diz que as áreas indígenas começarão a ser autorizadas por latifundiários. Dessa maneira, ocorre um conflito de interesses, pois a bancada ruralista não faz questão de ceder terras aos índios alegando que as terras demarcadas já são o suficiente (também é mostrado no documentário “À sombra de um delírio verde”). A falta de respeito é tanta que, no documentário, é mostrada a eliminação de líderes indígenas por parte dos que se dizem donos das terras. Para minimizar as dificuldades vividas pelos índios, é preciso que estes tenham seu próprio espaço para as realizações de suas tarefas cotidianas. Portanto, cabe a FUNAI – Fundação Nacional do Índio – continuar a demarcação de terras, ao contato com o índio e ao auxílio e proteção. Também, a visão que os estudantes têm dos índios deve ir além da comemoração do dia 13 de abril; sendo necessário mostrar a realidade, para que a inserção do índio seja bem vista.