No século XIX, a 1ª Geração do Romantismo buscou, na construção heroica do índio, um pilar para formação do sentimento nacionalista no Brasil. No entanto, com o tempo, essa visualização do indígena sofreu um processo de marginalização dentro da sociedade, contradizendo a ideia da escola literária do período. Nesse sentindo, a sua importância para composição da identidade cultural do país acabou sendo ignorada pela população, oriundo de acontecimentos históricos violentos e a falta de preservação de seus costumes. Primeiramente, é necessário voltar à formação das colônias portuguesas e espanholas e sua imposição cultural sobre os nativos. Com a divulgação da descoberta do novo mundo, a Igreja Católica viu a oportunidade de ampliar sua quantidade de fiéis, taxando-os como sem cultura e incapazes de viver em sociedade. Assim, a catequese em massa foi dada como solução para tal problema ou, até mesmo, alternativa para morte. Essas ações levaram ao extermínio de costumes, sobreponde à cultura europeia sobre a do índio. Além do fato histórico de genocídio dos hábitos do aborígene, seu território virou símbolo de luta por poder. O agronegócio é um dos principais motores da economia nacional. No entanto, os grandes latifundiários viram no rompimento das fronteiras das áreas destinadas aos índios, uma oportunidade de ampliarem seus lucros e negócios. Mesmo sendo garantido pela Constituição de 1988, esse problema vem se alastrando cada vez mais, dificultando manter os grupos nativos ainda existentes. Fica evidente, portanto, atitudes eurocêntricas associadas ao fator econômico intensificam tal distúrbio. Assim, cabem ao Governo Federal, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal de combaterem as invasões ilegais, através do aprimoramento das leis de proteção de terras e impulsionando as fiscalizações. Órgãos como, por exemplo, a FUNAI, devem agir em associação com ONGs, com intuito de garantir a representação político e social dos índios, garantindo seus direitos, promovendo palestras de conscientização e ajudando as aldeias com projetos sociais. As escolas devem fornecer acesso à sua história e tradições, com a organização de feiras e trabalhos sobre o tema. E por fim, a mídia deve garantir seu valor social, abordando a problemática em suas produções audiovisuais como, por exemplo, as novelas.