Desde o período colonial, a partir do século XV, a população indígena brasileira sofre com os incontáveis malefícios e as discriminações trazidas pela chegada dos portugueses ao ainda inexistente Estado do Brasil. No entanto, hodiernamente, percebe-se a persistência de problemas quanto à garantia de direitos essenciais aos índios, além da existência de deficiências na inclusão desse povo. Em primeiro lugar, é crucial destacar a visível desvalorização intrínseca às comunidades indígenas brasileiras, as quais tornaram-se segregadas do resto do país. No aspecto cultural, nota-se uma ascendente perda de línguas nativas dos índios, bem como a inexistência de medidas que garantam a sobrevivência delas como patrimônio cultural brasileiro, uma vez que a figura indígena tem um papel relevante na história do país e, inclusive, já foi utilizado como símbolo em movimentos românticos. Contudo, o que pode-se visualizar em pleno século XXI é a marginalização de inúmeros indígenas, dos quais boa parte não possui nem mesmo o direito a locais para viver. Ademais, a instituição de leis que buscam inserir os indígenas no plano nacional, como as cotas do ensino superior, são iniciativas que pretendem apenas dissimular os problemas. Boa parte dos índios vive no meio rural e, dessa forma, não tem recursos para locomover-se para cidades. Assim, percebe-se que o êxodo rural perdura na sociedade brasileira, porém, as péssimas condições de vida na zona urbana e a falta de políticas assistenciais inviabiliza a sobrevivência dessa população em grandes cidades. Fica evidente, portanto, a existência de desafios acerca às questões indígenas e a necessidade de medidas para combatê-los. O Governo Federal deve criar projetos de garantia à habitação e moradia por meio de leis mais severas, além de tomar todas as atitudes necessárias para reconhecer as culturas indígenas como patrimônio imaterial brasileiro. Outrossim, o Ministério da Cultura deve desenvolver ações junto ao Congresso nacional que possibilitem a melhor inserção do índio na sociedade, seja por intermédio de programas sociais direcionados, assim como políticas de inclusão digital e educacional que corroborem a introdução nas faculdades. Desse modo, tornar-se-á possível extinguir heranças trazidas desde o período colonial.