A primeira geração do romantismo é marcada pelo indianismo, na qual os autores da época contemplavam os índios com heróis nacionais, exaltando sua cultura e costumes em suas obras literárias. Todavia, na contemporaneidade o retrato do índio é diferente, preconceitos, desvalorização cultural e supressão dos seus direitos revelam os impasses vividos por atuais tribos indígenas no país. Nesse hiato, José de Alencar, um dos maiores escritores romancistas, retratavam em suas obras com exaltação a figura indígena “Iracema”, nesse contexto, é narrada à história de uma índia na qual é vista com exuberância pelos seus atributos físicos, sendo idealizada e enaltecida com maestria. De maneira análoga, na sociedade atual, o índio ainda é visto de modo muito pejorativo e com pouca visibilidade, sendo julgados como preguiçosos e até selvagens a cerca de suas tradições, costumes e crenças. Por certo, esses reflexos depreciativos têm razões históricas, pois desde a chegada dos portugueses ao solo brasileiro, os índios foram retratados como “almas perdidas” necessitando de salvação, sendo obrigados a catequização pelos jesuítas. Dessa maneira, impediram durante anos toda manifestação cultural e religiosa dessas tribos. Simultaneamente, a série “Índios no Brasil”, produzida pela TV escola, contextualiza o cotidiano de diversas tribos espalhadas no território brasileiro. Retratando desde o modo como vivem a suas principais lutas enfrentadas. No decorrer da longa metragem, ficam evidentes os problemas sofridos, como a falta de recursos florestais devidos ao desmatamento, além das divisões de terras, que é um direito desses índios. Entretanto, as homologações dessas terras ocorrem de forma lenta, devido ao avanço da agropecuária no país, já que ocupa uma extensa área, dificultando ainda mais essas divisões. Logo, é notória a falta de visibilidade com as tribos, uma vez que a sociedade restringe e inviabilizam o reconhecimento de seus direitos. Sendo assim, é necessário reconhecer um povo tão rico em conhecimentos e tão importante para a história da civilização brasileira, concedendo os seus devidos direitos. Ademais, o Ministério da Cultura aliado aos grandes meios de comunicações, como jornais, rádio, televisão e entre outros, deve desenvolver documentários e debates, de tal forma que possibilite explanar melhor a cultura indígena dando maior visibilidade e voz para eles, como também melhores conhecimentos para a população, a fim de proporcionar um entendimento sobre o verdadeiro valor e lutas dos indígenas.