Na primeira geração do romantismo brasileiro, o índio foi exaltado como representante legítimo e primitivo da nossa raça. Ele era idealizado, respeitado por sua ancestralidade e visto como homem puro, o não corrompido pela sociedade. Entretanto, hoje sua figura é apagada pelos anseios do homem branco, onde as terras são vistas como forma de aquisição de bens, e não partilhadas como deveriam aos seus primeiros donos, ficando clara a necessidade de alterações. É necessário destacar, que a demarcação de terras não é realizada facilmente pela tribo. Primeiro é feito um estudo antropológico pela FUNAI, posteriormente segue ao Ministério da justiça e por último ao presidente. Entretanto, muitos processos ficam parados a espera de julgamento por anos. Com isso, sem o reconhecimento oficial de suas terras, o agronegócio age com força total para expulsa-los com perseguições e massacres. E no que se diz respeito a atrocidades, como dizia Rousseau: “o homem é lobo do próprio homem”. Ruralistas cometem tais atos para transformar as terras em um mar de soja, cana, pastos. Desse modo, enquanto não acontecem as delimitações, os povos indígenas sofrem uma série de violações e ficam em situação de extrema vulnerabilidade ao lutarem por seus diretos. Dados do Conselho Indígena Missionário (CIMI) mostram que, de 2003 a 2016, 891 índios foram assinados pela polícia e atiradores de fazendeiros. Sem acesso as terras, que é uma forma de manutenção da comunidade, eles veem toda sua subsistência ameaçada, e não há como proverem o próprio sustento, aumentando também os índices de mortes. Fica claro, portanto, que a violação dos direitos indígenas, ainda é uma realidade brasileira, pois sua cultura é menosprezada em detrimentos de conceitos capitalistas, além de o Estado agir de forma lenta. Para encerrar essa problemática, cabe a FUNAI, em parceria com canais de comunicação de concessão estatal, desenvolver campanhas publicitárias que estimule o respeito às diferentes raças, além de expor às demais populações as atrocidades cometidas pelos interesses capitais rurais, a fim de sensibilizar o país a lutar contra a extinção do símbolo da nossa pátria e devolver as terras que lhe foram roubadas.