No período de integração territorial do Brasil, as expansões bandeirantes foram marcadas pela intensa movimentação entre estados e, principalmente, pela exploração dos indígenas – que eram massacrados e escravizados como os negros trazidos da África. Na contemporaneidade, esses povos ainda sofrem pelo histórico abusivo e lutam pela inclusão social e o direito às terras. Dessa forma, denota-se a necessidade de uma discussão ampla sobre o assunto para a obtenção de melhorias. Primeiramente, é importante destacar o preconceito contra os índios na realidade brasileira. Donos de uma cultura própria e singular, eles são – de forma recorrente – discriminados e considerados inferiores, o que lhes proporciona uma situação de exclusão social. Durante a ditadura militar – ocorrida durante os anos 1964 e 1985 -, foi considerada a possibilidade de total extermínio desses povos. Não obstante, o plano não foi posto em prática, mas ratifica a existência da intolerância contra os nativos. É notável, portanto, que a falta de conhecimento sobre os indígenas, aliada à intransigência da maioria dos cidadãos, caracteriza um cenário crítico e urgente de reparos. Vale destacar, também, a falha aplicação de uma democracia para os índios. Ainda na ditadura militar, projetos econômicos na região amazônica acarretaram o genocídio de boa parte dessa população, uma vez que foram desapropriados de suas terras. É inegável que haja um lapso no cumprimento da cidadania indígena, visto que seus direitos de propriedades assegurados por lei são corrompidos de forma assídua. Destarte, é oportuno que sejam realizadas medidas de reconhecimento às posses desses povos e torna-se relevante a demarcação eficaz dessas propriedades. Dessa forma, é dever das escolas proporcionar aos alunos passeios às aldeias nativas para ampliarem o entendimento deles sobre outras culturas, a fim de erradicar práticas preconceituosas. Ademais, o Ministério da Justiça deve tornar crime, sob pena de multas, a desapropriação inadequada das terras desses grupos étnicos, para que essas ações invasivas sejam suprimidas. Por fim, as Prefeituras das cidades devem criar museus que exponham o trabalho artesanal e práticas indígenas, para despertar o interesse da sociedade sobre eles, de modo que a intolerância seja erradicada.