Desde a chegada dos portugueses no Brasil, os índios enfrentam o desafio de preservar suas crenças e história. Com isso, encontram barreiras em conseguir seu espaço no corpo social, tendo como principais dificuldades o preconceito, as desapropriações culturais e territoriais, consequências do sistema capitalista e do etnocentrismo europeu, que influencia historicamente o país desde o século XVI. O índio, idealizado herói pátrio pela literatura romântica do século XIX, teve sua cultura menosprezada pelo eurocentrismo durante o processo de colonização brasileira, quando suas manifestações foram fortemente reprimidas. O resultado disso, nos dias atuais, é a não valorização dessa etnia de maneira expressiva, uma vez que a imagem dos nativos é estereotipada pela mídia como um ser selvagem, não civilizado e habitante apenas das florestas, impossibilitando que esse grupo seja visto igualitariamente no panorama social. A Fundação Nacional do Índio (Funai) tem, dentre suas funções, manter vedado o acesso irrestrito a demarcações indígenas aplicadas por lei. Em contrapartida, fazendeiros invadem esses territórios em busca da expansão agropecuária, dando início, então, a conflitos com os ocupadores locais, como aconteceu no interior do Maranhão, em maio de 2017. Situações assim, privam a preservação dessas regiões, as quais contém um pedaço da vida desse povo que é raiz da sociedade nacional. A questão indígena no Brasil, portanto, é uma problemática grave que deve ser corrigida e amparada pelo Governo Federal, através da elaboração e execução de palestras expositivas em relação a importância da ancestralidade indígena no país e na formação cultural do mesmo para que a população no geral, aos poucos, compreenda tal conjuntura e ajude na inserção dessa minoria. Além disso, faz-se necessário maior fiscalização e proteção nas terras em questão, por parte de órgãos como a Funai e o Ministério da Justiça com o intuito de garantir, no mínimo, segurança para os habitantes e cuidadores das mesmas.