Em Auschwitz, na Polônia, durante a 2ª Guerra Mundial, 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas com base em ódio e preconceito difundidos na época, já no Brasil, semelhante atrocidade acomete a população indígena. Iniciada com a colonização: doutrinação pelos jesuítas, escravização e genocídio, tais atos seculares contra o índio são observados até hoje. Fatos relatados por antropólogos, como a construção da estrada de ferro noroeste do Brasil, em São Paulo, revelam que a população indígena da etnia Kaiangang fora praticamente dizimada. Nesse local, trabalhadores matavam os índios da mesma forma em que se caçavam pássaros. Apesar dos esforços da FUNAI para a proteção das tribos, o problema está longe de ser solucionado. Como já disse o escritor Honoré de Balzac, a justiça, ninguém ignora, tem a pressa de um cágado manco. Por conseguinte, com o advento da neocolonização para o interior, sobretudo durante o período de Regime Militar, as construções de hidrelétricas, rodovias e a expansão da agropecuária, excluíram as comunidades indígenas da "equação", resultando em mais mortes e desabitações compulsórias. Nesse contexto, a problemática estende-se na contemporaneidade desde a desapropriação de terras até mesmo a casos extremos, como o suicídio anômico de perda de identidade de Émile Durkheim. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Sendo assim, a Receita Federal deve destinar uma parcela significativa de impostos para a manutenção das reservas indígenas e, em parceria com a FUNAI e o Ministério da Justiça, garantirem os direitos dos índios e de suas terras, fiscalizando e punindo injustiças. Outrossim, faz-se fundamental que campanhas midiáticas sejam realizadas por seus órgãos responsáveis, com o fito de expor amplamente a realidade cruel do índio no Brasil atual, fomentando, aos poucos, a preservação efetiva do multiculturalismo e da plurietnia nacional da qual o indígena integra.