De acordo com o IBGE, cerca de 0,4% da população brasileira é formada por indígenas, dado esse que evidencia os reflexos de uma colonização avassaladora, que escravizou e assassinou os nativos de um território recém descoberto. Nos dias atuais, a dominação continua, sendo perpetuada não só pela bancada ruralista, que não reconhece o território desses povos, mas também pela sociedade que os marginaliza. Em primeiro plano, evidencia-se o abandono político e descaso social com a questão indígena. O Ministério da Agricultura, em conjuntura com os congressistas defensores dos latifundiários, possui interesse explícito na exploração dos territórios ocupados por esses povos. Como consequência, inúmeros conflitos com o objetivo de tomá-los resultam em mortes. Outro ponto relevante é a exclusão dos indígenas que não se adequam aos estereótipos indianistas, que os colocam como exclusivos habitantes das florestas. Sua presença nas cidades vem crescendo nos últimos anos, entretanto, são marginalizados pela sociedade que restringe os locais onde podem frequentar. Segundo Bauman, na era da informação, a invisibilidade equivale à morte. Sua afirmação mostra-se verdadeira com o crescente suicídio indígena, três vezes maior que a média nacional. Logo, é fundamental a criação de médicas públicas que alterem esse cenário. A FUNAI, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, deve demarcar os territórios indígenas e fiscalizá-los constantemente para que não haja perigo de invasão. Ademais, as escolas e universidades, enquanto pioneiras no ensino, necessitam expandir as discussões acerca do tema e conscientizar seus alunos sobre as esferas ocupadas pelos indígenas. A partir dessas ações, espera-se uma melhora nas condições de vida desses povos.