Todo excesso traz, em si, o germe da destruição. A poderosa frase de Alduos Huxley bem se relaciona com a realidade atual, a qual se manifesta com o uso excessivo das tecnologias (celulares, smartphones, computadores). Isso, apesar de contribuir para o acesso à informação das pessoas, tornou-se um problema ao ocupar significante espaço em meio as famílias. O uso precoce de celulares por crianças e a incapacidade de concretizar momentos em família, são exemplos de desafios que afetam o convívio familiar. É de suma importância acompanhar o crescimento das crianças. A utilização demasiada das tecnologias pode afetar o desenvolvimento intelectual delas, pois segundo publicação de Pedro Corder no Blog Conectividade, 54% das crianças com idade entre 5 e 8 anos já utilizaram dispositivos móveis, e 77% delas o fizeram para se distraírem com jogos ao invés de pesquisas escolares ou com propósitos de aprendizagem. Isso demonstra que o estudo perdeu significativa importância no dia a dia dos pequenos, resultando em prejuízos ao crescimento intelectual dos mesmos. O bom relacionamento entre os membros de uma família é essencial para o bem estar de todos. Tornou-se muito comum, entretanto, a falta de diálogo entre pais e filhos. As conversas passaram a ser online, via celulares ou computadores, o que diminui a importância e a essência desse hábito tão importante nos lares familiares. Assim sendo, a falta de interação física entre parentes contribui para maiores desentendimentos entre os mesmos e enfraquece os laços afetivos que os unem. Tendo em vista o exposto, conclui-se que o uso excessivo das tecnologias ultrapassou os limites do bom convívio familiar. Tornou-se, portanto. um problema que afeta não só os pais, mas também, de maneira agressiva, as crianças. Dessa maneira, destaca-se a importância de uma intervenção governamental que, através dos Conselhos Tutelares, promova palestras e visitas com intuito de relembrar a importância da presença e atenção dos pais para com seus filhos. Além disso, as escolas poderiam promover mais encontros entre pais e alunos, de modo a contribuir para maior interação destes. Por fim, cabe aos pais a função de restringir o uso das tecnologias dos seus filhos, bem como dispor de tempo para interação familiar, através de brincadeiras, de ajuda nas tarefas escolares e demonstrações de carinho, de modo a fortalecer os laços que os unem.