As relações sociais podem ser comparadas as flores; as quais as sementes seriam os aparelhos tecnológicos que consomem no tempo; as folhas as opiniões em massa nas quais alienam a sociedade; e as flores o vazio alimentado entre os indivíduos em sua convivência. Tal metáfora torna-se possivel com o avanço da tecnologia podendo mostrar que o excesso virtual pode causar uma epidemia social. Dessa maneira, o mundo encontra-se no paradoxo entre o vazio e o excesso das relações interpessoais. Atualmente a humanidade vem buscando cada vez mais por facilidades, regredindo assim, com a linha histórica da evolução e retornando ao sedentarismo cada vez mais ativo, dessa maneira, a tecnologia ocupa um espaço cada vez maior. Os aparelhos celulares, por exemplo, possibilitam em um toque -literalmente- pagar contas, estreitar relações com as pessoas e acessar em milésimos de segundo qualquer tipo de informação, entre tantas outras utilidades, ou seja, a procura do consumidor no mercado por esses aparelhos aumenta significativamente todos os dias e fazendo com que os fabricantes invistam cada vez mais nesse mercado no qual já se mostra uma necessidade e não mais um artigo narcisista. Logo, de um lado, a a facilidade. Por outro lado, os danos irreversíveis da tecnologia. Graças a esse avanço as relações sociais se mostram cada vez mais efêmeras, não havendo um conhecimento amplo dos indivíduos, mas sim, pessoas que se conhecem, compartilham ideias e opiniões, mas, caso haja qualquer divergência entre elas pode-se haver uma troca, uma substituição, ou seja, as relações estão cada vez mais descartáveis nos dias de hoje. Em suma,, devido a tal epidemia do Século 21, causada por excesso do uso tecnológico, entende-se o pensamento do filósofo polonês Zygmunt Bauman, no qual diz que o tempo é líquido, escorre e se perde. Assim, como as relações e os valores a tecnologia portanto é importante, porém, é necessário deixar um pouco de lado e viver o momento, a intensidade e não apenas flutuar, mas sim, mergulhar em meio ao Oceano- como já dizia Freud, aprofundando-se por aquilo que cerca a vida e deixando um pouco de lado, ou seja, em segundo plano, esse mal-estar da civilização em suas relações efêmeras. Em suma, retornando a metáfora das flores, o excesso nem sempre é positivo, pode poluir o olhar daqueles que admirarem o jardim, mas a quantidade correta de flores, sempre causará admirassão ao florir. OBS: REDAÇÃO SOBRE O TEMA: O PARADOXO DAS RELAÇÕES EM SOCIEDADE: VAZIOS E EXCESSOS DAS INTERFACES NAS REDES SOCIAIS