Na terceira revolução industrial, também chamada de revolução informacional, observa-se o avanço da internet como ferramenta indispensável na vida dos indivíduos e o detrimento das relações interpessoais, principalmente, do convívio entre familiares. O uso de pequenos dispositivos móveis é capaz de causar um distanciamento entre membros de uma família, embora em um mesmo ambiente, pais e filhos pouco a pouco menos se relacionam. Atualmente, nota-se que crianças têm acesso a smartphones cada vez mais cedo, o que torna-se um transtorno, pois, para consolar os filhos pais entregam-lhes o smartphones com jogos e vídeos para entretê-los, muitas vezes os filhos acabam controlando os pais. O consumo de dispositivos móveis cresce rapidamente, de acordo com um estudo realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) de São Paulo, a densidade de dispositivos conectados à internet é de 1,6 aparelhos para cada habitante de um país. Outro fator que contribui para o detrimento das relações são os pais superconectados, que possuem um horário de trabalho flexível o que permite que eles façam parte do ofício em casa. Neste cenário também cabe citar a explosão das redes sociais e de aplicativos de mensagens instantâneas, usados tanto por pais quando os filhos. A busca incontrolável por curtidas ou visualizações nunca para. Portanto, para que o convívio entre membros de uma família torne-se harmonioso e adequado, é necessário que o pai saiba restringir a momentos corretos e delimitados o uso das novas tecnologias, que agilizam diversos procedimentos no dia do indivíduo. O processo educativo é lento e requer persistência. Para isso pais e as instituições de ensino precisam agir conjunto instruindo as crianças e adolescentes que o virtual não deve exceder o real e que as relações regem o mundo. Os pais, principalmente, devem ser fonte de exemplos, pois seus filhos são o que veem. A família deve ser a base para formar cidadãos aptos a viverem em coletividade.