Título da redação:

O contraste tecnológico no âmbito familiar

Tema de redação: Os desafios do relacionamento familiar no contexto das novas tecnologias

Redação enviada em 29/05/2017

O crescente desenvolvimento das tecnologias vem facilitando cada vez mais a rotina das pessoas. A simplicidade em agilizar, com poucos cliques, diversas situações, ganha adeptos o tempo todo. Entretanto, algumas consequências trazidas pela “virtualidade” têm sido debatidas frequentemente, principalmente no que tange à “geração Y”, em relação à falta de interação pessoal, à acomodação intelectual e às doenças provenientes do excesso deste uso. Geração Y é aquela massa nascida, em meio a grandes avanços tecnológicos, entre os anos 80 e 90. Muitos pais têm dificuldade em lidar com estes jovens devido à sua pré-disposição em resumir o mundo ao seu redor a um simples aparelho. A interação pessoal e social está cada vez mais escassa e o convívio familiar tradicional vem perdendo as forças. Manter relacionamentos “presenciais” tem sido um desafio constante. Uma vez que tantas atualizações trazem soluções tão rápidas, a tendência ao comodismo representa um risco aos que não encontram o equilíbrio entre o mundo virtual e o “real”. Pouco se veem as velhas consultas às enciclopédias das grandes bibliotecas. Aquela cena de um filho perguntar ao seu pai do que se trata o assunto do jornal, é cada vez menos frequente. O “descobrir o mundo”, nessa perspectiva, tem sido limitado pelas telas e pelos touchs. Ainda há que se falar sobre aqueles que, de tanto adentrar neste mundo, não se veem fora dele, ocasionando, assim, o famoso transtorno de dependência da internet. Segundo psicólogos, cerca de 4% dos internautas desenvolvem esta patologia. Obesidade, ansiedade e depressão são sintomas clássicos. A pessoa sente uma vontade compulsiva em acessar, mas quando o faz, muitas vezes nem sabe o que deseja encontrar por lá. Diante de tantas informações, o relacionamento familiar é afetado diariamente pelo contraste da “facilidade” e dos malefícios trazidos pela utilização de algo que veio para inovar e fazer parte das nossas vidas. Cabe, então, principalmente aos chefes de família, orientar seus filhos quanto à importância da afetividade física e trazer para dentro de casa os hábitos que eles gostariam que fossem cultivados ali.