Antes da 1º guerra mundial, a “Belle époque” foi o ponta pé inicial para a criação de novas tecnologias, como o telefone e o telégrafo. Outrossim, no século XXI a 3º revolução tecno-científica-informacional ampliou esses adventos ao ponto de interferir na dinâmica familiar, uma vez que fragilizada remonta a estrutura social. Sendo assim, as atitudes paternais atrapalham, direta e indiretamente, o desenvolvimento dos filhos, agregado à ausência de comunicação física o distanciamento é ainda maior. Acerca da base familiar, os pais prestam mais atenção nas telas dos aparelhos eletrônicos que nos filhos. Nesse mesmo diapasão, a psicanálise afirma que as crianças são educadas pelo inconsciente parental, ou seja, as atitudes mesmo que mínimas dos pais afetam à formação do indivíduo. Por conseguinte, na disputa por atenção dos pais os filhos acabam se distanciando de uma relação mais próxima vista a reciprocidade de desinteresses. Então, para suprir essa carência, cada vez mais cedo as crianças entram em contato com a tecnologia, sendo sua principal educadora. Ao observar a figura da família tradicional, no que tange a tecnologia, as interações entre os membros eram constantes. Em dicotomia, é nítido que isso não acontece com as novas dinâmicas parentais, pois os contatos sociais de primeiro plano são facilmente substituídos por mensagens de texto e redes sociais. Nesse espectro, Victor Hugo, poeta francês, afirmou que a doutrina que tentar destruir a família é má, uma vez que decomposta a sociedade, só ela restaria. Dessa forma, para a coexistência da família e a tecnologia é imprescindível que haja harmonia. Logo, faz-se pressuroso que o ministério da defesa social, por intermédio do conselho tutelar, faça visitas periódicas as famílias com crianças em formação, tendo a presença de psicólogos para perceber se a estrutura familiar fornece atenção à criança. Ademais, para melhorar os contatos inter familiares, o ministério da educação deve por meio da escola instruí-los a se aproximarem mais, promovendo palestras que ensinem a ponderar as relações e a tecnologia. Urge também, que a mídia difunda nas propagandas da TV e internet a importância do seio familiar na construção de valores do indivíduo.